Com a chegada do segundo turno das eleições presidenciais, estão circulando no WhatsApp falsas pesquisas de intenção de voto. Duas delas, por exemplo, utilizam indevidamente as marcas Ibope e Datafolha. Apesar de não conceder privilégio a nenhum dos candidatos em questão, esse tipo de ação pode influenciar a percepção sobre as pesquisas reais que são divulgadas pela imprensa, gerando desconfiança e dano à credibilidade das informações verdadeiras. Os links foram identificados pelo dfndr lab, laboratório da PSafe especializado em cibersegurança, que já realizou mais de 90 mil detecções nas últimas 24 horas.
O mecanismo usado em todos os links é muito semelhante. Ao clicar em um deles, o usuário acessa uma página que solicita a cidade e o estado onde vive o “respondente” e em qual candidato pretende votar. Em seguida, é incentivado a compartilhar a suposta pesquisa com 10 amigos/grupos e, assim, é usado como vetor de disseminação da informação falsa.
“O segundo turno das eleições é um momento delicado. Qualquer informação falsa ou duvidosa que surja nesse momento pode afetar a percepção das pessoas em relação às instituições de pesquisa, à mídia e até mesmo aos candidatos. Portanto, é necessário ter muita atenção e cuidado antes de compartilhar qualquer informação que receber via aplicativos de mensagens ou redes sociais”, comenta Emilio Simoni, diretor do dfndr lab.
Para não cair nessas ameaças, o especialista dá três dicas essenciais:
- Adote medidas de segurança, como sempre checar se o link é confiável, o que pode ser feito pelo site www.psafe.com/dfndrlab/pt-br;
- Utilize soluções de segurança que disponibilizam a função anti hacking, como o dfndr security, que informa quando um link é malicioso (golpe ou fake news);
- Sempre desconfie de mensagens que pedem para realizar o compartilhamento com amigos para finalizar o processo em questão ou ganhar alguma coisa.