Mulheres reproduzem uma série de rituais para “colocar o papo em dia”. Seja por meio do britânico chá das cinco, por um café no meio da tarde ou por uma ida à praia, um comportamento que não é exclusivo das mulheres, ambos os sexos buscam dedicar parte da sua semana ou mês a encontrar os amigos para conversar sobre assuntos que não são tão habituais ao universo oposto. Pensando nessa necessidade humana que uma startup norte-americana desenvolveu o projeto por trás do women.com.
O site pretende levar esses momentos para o ambiente online, conectando não só as conhecidas de cada usuária, como também, outras mulheres interessadas nos mesmos assuntos capazes de alimentar o debate.
Como já é possível desconfiar, a plataforma é restrita para mulheres. Para obter acesso a mesma, a interessada deve submeter-se a um cadastro e informar suas redes sociais. Trata-se de um filtro inicial para impedir a entrada de homens na plataforma, assim que a mesma for lançada de forma oficial, essa etapa será realizada por meio do “Facebook Connect”.
Provavelmente você já pensou: “Mas já existe muitos sites, blogs e portais focados unicamente para o universo feminino. O que pode fazer desse um site diferenciado?” A resposta vem pelo fato de que as próprias usuárias vão construir o conteúdo da rede. Seja da dica de maquiagem ou discussão sobre que tipo de atitude tomar em determinada situação.
A plataforma vai funcionar como um grande fórum conectado que permite a publicação de artigos e compartilhamento de conteúdo, além de fomentar o debate por meio de comentários e de comunidades (olha o falecido Orkut criando tendências) para reunir o máximo de mulheres com o interesse comum.
Em entrevista recente, a CEO e co-fundadora Susan Johnson (foto abaixo) afirmou que pensou por anos na criação de um espaço seguro para que mulheres compartilhem suas experiências quando estava na faculdade. Após anos trabalhando com marketing, Susan abandonou um cargo de relevância no Facebook por considerar que uma rede exclusivamente feminina uma necessidade crescente. “Percebi que no Facebook, mesmo com o grande número de filtros, meus contatos postavam fotos da rotina com os filhos e quando nos encontrávamos, o assunto era outro. Falávamos de sonhos, de alimentação, do que estamos pensando, de objetivos profissionais e pensei: ‘Por que não podemos ter esse tipo de conversas no Facebook?”
Em 2012, Susan abandonou seu cargo no Facebook para dedicar-se ao projeto. Por incrível que pareça, até o momento, o mais trabalhoso foi conseguir arrendar o domínio que hospeda a ferramenta, já que o mesmo estava em mãos de uma emissora dos Estados Unidos que redirecionava para o conteúdo feminino do seu portal.
No momento, Women.com tem uma interface básica se comparada a redes concorrentes. Existe uma página principal com categorias diferentes como Saúde, Fitness, carreira, relacionamentos, esportes, hobbys e etc.
Tudo no ambiente online é feito pouco a pouco, segundo a fundadora. O objetivo é acertar o máximo possível nas mudanças para oferecer a melhor experiência possível, além de crescer uma comunidade que não aborde só os temas clichês voltados ao universo feminino, tão explorado por outros sites e blogs. E uma das atitudes que ajudam a garantir isso é a restrição de idade (só são aceitas mulheres acima dos 24 anos) considerada até alta, mas que é “fundamental neste momento”, segundo Susan. "Twitter não começou dizendo que eles estavam indo para interromper governos, o Facebook não começou dizendo que ia trazer as famílias distantes mais juntos. É com esse espirito que conduzimos o Women.com”, diz ela.
As interessadas podem solicitar por meio de um tuite o convite do site e aguardar o acesso ao mesmo.
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