Carros que dirigem sozinhos devem estar nas ruas em até 10 anos
Carros que dirigem sozinhos devem entrar no mercado em menos de dez anos. Seremos todos passageiros. Entenda essa tecnologia!
A lista de aparelhos inteligentes aumenta a cada novo lançamento. São telefones, relógios, televisões. O grande sonho da indústria automobilística é tornar os carros totalmente automatizados. Os motoristas se tornariam passageiros. As vantagens são imensas.
Os veículos autônomos não cometem infração de trânsito; estacionam melhor e mais próximos dos outros, reduzindo espaço das garagens; e o tráfego se tornaria melhor porque os automóveis rodariam mais próximos um dos outros, pois estariam sincronizados e evitariam acidentes. Uma prova disto são os carros robóticos do Google. Eles já trafegaram mais de um milhão de quilômetros com apenas dois acidentes. Causados por erros humanos.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que o trânsito é responsável por mais de 1,3 milhão de mortos e 50 milhões de feridos todo ano. As despesas com assistência médica e com a saída dessas pessoas do mercado de trabalho chegam a US$ 500 bilhões por ano. No entanto, este mundo ideal ainda vai demorar um pouco para chegar às ruas.
Em maio, a Volvo apresentou um protótipo que deve ser experimentado por 100 motoristas entre 2017 e 2018. Logo em seguida, a Google mostrou um carro sem volante e pedais. Porém, a expectativa é que os carros autônomos cheguem às lojas apenas em 2020.
Esses veículos funcionarão com uso de um radar a laser e processamento de dados. O radar consegue formar imagens em 3D de todos os objetos ao redor do automóvel. Um computador recolhe os dados e transforma as informações em orientação para o carro. Um sensor na roda mede a velocidade e calcula o posicionamento do automóvel. Um radar, presente em carros com o sistema Adaptative Cruise Control (ACC), mede a velocidade e a distância para os outros veículos. Já um sensor de aceleração lateral recolhe dados sobre as reações da carroceria aos movimentos das rodas.
Kit de piloto automático para carros na estrada
Gigantes da tecnologia como Google e Intel e as maiores montadoras, como Toyota, GM e Volkswagen, lideram as pesquisas. Para tentar acelerar este processo, uma startup criou um kit para ser testado em carros da Audi. O objetivo é que o Cruise RP1 possa ser usado em qualquer veículo no futuro. O kit conseguiria guiar o veículo apenas em algumas circunstâncias, como em estradas. De acordo como CEO da Cruise, Kyle Vogt, o sistema é diferente do que está sendo desenvolvido pelo Google, mais barato e simples. O custo deve ser de US$ 10 mil.
O Cruise RP1 utiliza vários sensores instalados sobre o automóvel e outros dispositivos mecânicos para o volante e os pedais. Um computador fica no porta-malas para analisar os dados coletados pelos sensores e enviar as ordens ao sistema de direção. Entretanto, o kit não funciona durante a noite nem como neblina. O kit está disponível para os modelos Audi A4 ou S4. Por questões de legislação, apenas o estado da Califórnia, nos Estados Unidos, permite o uso do kit.
Outro aparelho que promete revolucionar os meios de transporte é o Hoverbike, um veículo semelhante ao Speed Bike, visto nos filmes da sequência Star Wars. A empresa responsável pelo desenvolvimento do Aero-X é a Aerofex. O veículo terá a direção parecida com a de uma motocicleta e deve trafegar em baixa altitude, a alguns metros do solo. Com isso, poderá vencer obstáculos com facilidade. De acordo com a companhia, o Aero-X, construído em fibra de carbono e peso de 356 kg, alcançará 72 km por hora. O preço deve girar em torno de US$ 85 mil.
As pessoas dispostas a apostar no novo veículo já podem reservá-lo no site da Aerofex. Segundo a companhia, o Aero-X começará a ser comercializado a partir de 2017. O piloto ficará de pé para que o veículo responda aos movimentos corporais, como em uma motocicleta. Porém, o veículo deve chegar munido de um computador para auxiliar o piloto na condução. O fundador da empresa, Mark Stephen de Roche, acredita que o veículo será útil para fazendeiros, para serviços de emergência e situações de busca e salvamento.