7 tecnologias que tinham tudo para bombar, #SQN
Veja quais foram as sete tecnologias conhecidas que fizeram sucesso lá fora, mas ficaram pelo caminho e não pegaram aqui no Brasil.
Em tecnologia uma coisa é certa: nem sempre as novidades que são sucesso lá fora se dão bem aqui no Brasil. Seja pelo preço salgado provocado pelos impostos nacionais ou pela conexão à internet nem sempre estável, há diversos tipos, de gadgets a mídias de armazenamento, que não caem no gosto do brasileiro. Confira alguns exemplos de tecnologias que não foram tão bem por aqui.
QR Code
Você com certeza já viu alguns desses códigos em algum cartaz por aí. Mas é difícil achar alguém que já teve a paciência de pegar o smartphone, apontar para a imagem e ver para onde leva aquela figura quadrada que mais parece um amontoado de rabiscos em preto e branco.
Um dos principais motivos para que o uso do QR Code não tenha deslanchado no Brasil está na baixa qualidade das redes de internet 3G, já que geralmente a figura leva a uma página na web. Outro fator está na pluralidade de aparelhos, pois o aplicativo que faz a leitura do código poder variar para cada modelo de smartphone.
Mesmo com estas dificuldades há algumas iniciativas criativas do uso do QR Code no Brasil. Imitando uma ação da Tesco na Coreia do Sul, entre junho e julho deste ano o metrô de São Paulo recebeu uma gôndola virtual, onde podiam ser feitas compras em um supermercado online. Para comprar, bastava apontar o smartphone para o QR Code de cada produto.
TV 3D
Este é um exemplo daquela função que o vendedor da loja tem na ponta da língua para poder impressionar os clientes. Não podemos afirmar que as TVs 3D são um fracasso de vendas, porque já é bem comum encontrá-las nas casas por aí. Difícil mesmo é ver alguém usando o recurso.
A falta de conteúdo específico, até mesmo na TV a cabo, é um dos motivos para que uso do recurso não seja tão comum. A função de converter qualquer imagem em 3D, que alguns aparelhos têm, geralmente é frustrante, pois não dá a sensação surpreendente que vemos em alguns filmes no cinema.
O principal fator talvez esteja na necessidade de usar um óculos. Se for ativo corre o risco de a bateria acabar na melhor parte do filme. Se for passivo, pode ocasionar de a imagem ficar prejudicada de acordo com o ângulo que você assiste.
Pelo menos em relação ao uso dos óculos temos uma esperança. Na CES deste ano, a Samsung apresentou uma TV que não precisa do acessório para assistir com a função 3D.
Blu-ray
O Blu-ray apresenta uma infinidade de vantagens em relação ao DVD, como maior capacidade de armazenamento e melhor definição na imagem. Mas por que será que ele ainda não está em todas as casas, como seu primo mais velho?
O principal motivo está no preço. Façamos a comparação: enquanto o DVD da terceira temporada de Big Bang Theory custa R$ 49 reais, o mesmo box em Blu-ray sai a R$ 79. Outro fator relacionado ao preço está no aparelho responsável por reproduzir os discos, que são bem mais caros do que os de DVD. A mesma coisa acontece com os gravadores.
No entanto, o Blu-ray não chega a ser um fracasso. O Playstation 3, assim como os videogames da nova geração – Xbox one e Playstation 4 – também usam Blu-ray. Ou seja, este tipo de mídia ainda tem o que crescer.
N-Gage
O N-Gage é sinônimo de fracasso, não só no Brasil, como no mundo inteiro. O conceito era até bom: um smartphone adaptado fisicamente para jogos. No entanto, não deu muito certo. Um design mal elaborado, somado a jogos com visual não tão empolgante e a volta dos cartuchos – no caso, cartões MMC – de games levou a Nokia a abandoná-lo.
Se já é estressante ter que digitar uma senha toda vez que for desbloquear o smartphone, imagina se você enjoasse do game que estava jogando no N-Gage? Para mudar o jogo era necessário desligar o aparelho, abrir a tampa traseira, retirar a bateria e o cartucho, e colocar o novo jogo. Cansou só de ler?
Outro ponto que contribuiu foi o sidetalking, nome dado à forma esquisita como era atendida as ligações. O N-Gage foi lançado em 2003 e era grande se comparado aos celulares da época, agora imagine ter que fazer/atender chamadas com ele de lado? A internet não perdoou e várias pessoas começaram a postar fotos zoando. Até um site foi criado com as melhores imagens.
Isso tudo sem falar do preço, tanto do aparelho quanto dos jogos. Aqui no Brasil, o N-Gage era comercializado por R$ 1.700. Já os jogos não custavam menos de R$ 100.
TV com videocassete embutido
Os mais novos podem não saber que existia, mas é verdade. Nos anos 80, as TVs com videocassete eram febre nos EUA e começaram a desembarcar por aqui. A ideia é muito boa – reduzir a quantidade de cabos -, mas elas não deram certo por um único motivo: o preço. Disponível em 14 e 20 polegadas, muitas vezes saía mais barato comprar os dois aparelhos separados do que eles juntos em uma única TV. Sem contar com o custo de manutenção e a falta de peças de reposição.
NetMovies
Enquanto as notícias contavam que o stream de filmes online se tornava sucesso nos EUA, surgia o NetMovies, como um alento para os brasileiros. O conceito seguia a mesma forma do Netflix, com serviço de locadora de DVDs online e de stream de séries e filmes.
Os filmes e as séries que a NetMovies disponibilizava para serem vistos online eram, em sua maioria, antigos, mas até que tinha alguns conteúdos interessantes como documentários e, até mesmo, a série completa do Jaspion.
Mas quando o Netflix desembarcou por aqui, muitos dos usuários do NetMovies migraram para a concorrente, seduzidos por um portfólio de conteúdo online maior e constantemente atualizado.
O NetMovies está ativo até hoje, mas foi reformulado passando a ter como seu carro-chefe a assinatura de DVDs e Blu-rays. Vale lembrar que o Jaspion ainda dá para assistir por lá.
Netbooks
Outro conceito que chamou a atenção, mas foi engolido por outras tecnologias, foi o Netbook. Ter um pequeno computador portátil com uma configuração mínima a um preço mais em conta parecia perfeito. Mas o tempo mostrou que nem tudo eram flores.
A pequena tela – em torno de 11 polegadas – deixava a visualização prejudicada em páginas da internet. Com um poder de processamento menor – eram mais lentos por causa da dissipação do calor -, o desempenho era prejudicado.
Mas foi a ascensão dos tablets e dos smartphones que tornaram os Netbooks obsoletos. Smartphones atuais possuem um bom poder de processamento e são capazes de rodar milhares de aplicativos. Já os tablets são ideais para leitura. Com isso parece que não sobrou muito espaço para os Netbooks.