A tecnologia tem transformado nossa maneira de fazer compras e utilizar diversos serviços. Com o avanço de dispositivos dos mais variados e criação de novos produtos, algumas práticas estão se tornando mais simples, e consumir produtos sem sair de casa ou sem a necessidade de mão de obra, antes tão necessária, é cada vez mais comum. Comprar móveis sem ir à loja, fazer tatuagens digitais, “teletransportar” produtos e até construir prédios por meio de uma impressora já estão se tornando realidades.
Um dos produtos que está facilitando essa mudança é a impressora 3D. Criada há pouco tempo, ela tem muito a ser explorada ainda, mas já está chamado a atenção pelo mundo devido a alguns de seus feitos.
A criação da empresa chinesa Winsun impressionou o mundo e alertou a todos para uma possível tendência futura para grandes construções. A companhia apresentou o primeiro prédio de apartamentos com cinco andares impresso e uma mansão com 1.100 metros quadrados, também criada com a tecnologia. As duas construções foram consideradas as maiores do mundo em três dimensões.
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Para subir os imóveis, os chineses usaram um método que imprime uma camada por vez com concreto reciclado. Num segundo momento, os profissionais encarregados do desenho recorreram ao software CAD (comum entre engenheiros e arquitetos para traçar plantas) para calcular espaços para a rede elétrica e outras necessidades técnicas.
A empresa já é reconhecida no mercado pela construção de casas com peças impressas em 3D, mas colocar de pé um edifício não foi fácil, o que comprova que ainda haverá um tempo até que as obras tradicionais sejam substituídas. A estrutura precisou de uma grande impressora matriz, fabricada pela Ma Yihe, com dimensões de 6,6 metros de altura, 10 metros de largura e 40 metros de comprimento. Essa máquina de grande porte imprime as peças em 3D para a montagem do edifício.
Segundo a empresa, o processo feito em 3D reduziu entre 30% a 60% o desperdício de materiais. O tempo de construção diminuiu entre 50 e 70%, enquanto os custos de mão de obra foram subtraídos pela metade. Em respeito às recomendações de segurança, as estruturas impressas em 3D foram reforçadas com aço.
A impressora 3D parece mesmo não ter limites. A Scotty, feita pela empresa alemã Hasso Plattner, usa a tecnologia de “teletransporte” de objetos físicos entre uma máquina e outra. Isso mesmo! A transmissão de um objeto demora cerca de 90 minutos e os produtos ainda podem ser personalizados.
Cada máquina Scotty conta com um sistema de análise fotográfica que registra as informações. Os dados são enviados para uma segunda máquina, que reproduz as etapas para a formulação do objeto em 3D, com o mesmo tamanho, formato e material.
Com a função de “teletransporte”, é possível, no futuro, enviar presentes personalizados ou surpresas aos familiares e amigos. A ferramenta também poderá ser útil para quem comprou algum objeto em lojas online e não quer esperar o tempo de entrega pelo correio.
Ainda não há, porém, previsão para o início da comercialização da supermáquina. Enquanto isso, veja do que ela é capaz nesse vídeo.
E você, já pensou em fazer uma tatuagem digital? E mais: com uma foto do seu Instagram? Sim, isso já é possível. A empresa de produtos fotográficos Ink361 acaba de lançar o Picattoo. O site recebe pedidos para transformar imagens publicadas na rede social em tatuagens temporárias e já está ganhando atenção de fãs do Instagram no mundo todo.
As fotos são impressas a laser, em cor, sobre papel de tatuagem temporária, que funciona como um adesivo de pele. Elas duram cerca de uma semana no corpo, variando conforme a área é tratada. Muitas lavagens ou esfoliações reduzem o tempo da tattoo, enquanto preservar o local pode prolongar a duração.
O pacote contém 12 tatuagens e custa US$ 14,99 (cerca de R$ 40). Mesmo com a empresa tendo sua sede na Holanda, o envio é feito de graça para todos os países. A única restrição é que as fotos precisam estar na conta do Instagram do próprio cliente, não de terceiros.
Uma realidade que já está incomodando lojas físicas vem da Inglaterra. A loja online Made.com foi avaliada recentemente em 100 milhões de libras (cerca de R$ 392 milhões) devido ao grande sucesso que tem feito.
A empresa foi nomeada, no ano passado, como uma das que mais crescem no ramo de tecnologia. E esse crescimento tem desafiado os varejistas de rua. Em seu site, a empresa diz que oferece “design de móveis originais, a preços acessíveis”.
Ela é exclusivamente online, e seus produtos são os mesmos de qualquer loja de mobiliário tradicional, com sofás, cadeiras, mesas e camas. Sua fabricação é feita em regiões onde os custos de trabalho e materiais são baixos e os valores, em alguns casos, chegam a ser 75% menores do que nas lojas tradicionais.
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