Tecnologia para pagamento móvel ainda não decolou
Conheça as opções disponíveis no mercado: QR Code, NFC, código de barras, leitor móvel de cartão e transferência de crédito online, estilo PayPal
Conheça as opções disponíveis no mercado: QR Code, NFC, código de barras, leitor móvel de cartão e transferência de crédito online, estilo PayPal
O pagamento via tecnologia móvel ainda não decolou, nem no Brasil, nem no mundo, mas já voltou ao centro das discussões com o anúncio do serviço Apple Pay, para pagamento via NFC, disponível para os novos modelos da companhia: iPhone 6 e iPhone 6 Plus. A maçã pretende ampliar o uso do NFC, hoje aceito em 10% dos estabelecimentos comerciais dos Estados Unidos.
Um número bem irrelevante frente aos 80% que declararam conhecer como modalidade de pagamento, as carteiras digitais. Preocupações com segurança, restrição da oferta e hábitos antigos são justificativas para a baixa adoção da tecnologia.
Para entender o comportamento do consumidor americano, a Nielsen realizou pesquisa recente que aponta que o NFC é a segunda tecnologia preferida dos adultos daquele país para realizar transações mobile, sendo adotada em 37% das transações via smartphone e 19% via tablet. Atrás de pagamento via QR Code, com 45% e 29% da preferência nos dois modais, respectivamente, e a frente de scanner de código de barras, com 24% e 23%, e transferência de crédito online ponto a ponto, com 22% e 28%. Aqui no Brasil, o serviço mais conhecido para pagamento ponto a ponto é o PayPal.
Apple Pay
Mesmo que a empresa justifique a adoção do Apple Pay, pagamento via NFC nos seus novos aparelhos, como oferta de conveniência a quem opta por iProdutos, é certo que o serviço é mais uma forma de gerar lucro direto para a companhia, já que a Apple receberá pequena comissão sobre todas as transações, de 0,15% segundo divulgou o Financial Times.
O anúncio do serviço de pagamento não enfureceu os bancos, já que ainda é preciso ter uma instituição financeira intermediando a transação, via cartão de crédito ou conta bancária. Ao contrário do que aconteceu com o mercado de gravadoras, que viram a Apple entrar de cabeça na comercialização de músicas de forma direta, aproximando produtores e consumidores, e eliminando a necessidade de intermediários neste caso.
Rumores já indicam que o novo serviço da Apple trará junto um sistema de pontuação, com adoção de programa de fidelidade para sua utilização.