A tecnologia pode ter múltiplas utilidades na vida das pessoas. Uma das mais elogiáveis é quando pode ser usada para facilitar, tratar ou amenizar doenças e seus sintomas, impulsionando a entrada de gigantes no setor da Saúde. Este mês, a Intel anunciou um plano interessante. A companhia pretende usar os smartwatches, os relógios inteligentes, para monitorar pacientes com Mal de Parkinson e coletar dados para que possam ser compartilhados e utilizados para novos estudos sobre a doença. A estimativa é que 5 milhões de pessoas pelo mundo tenham Mal de Parkinson, a segunda doença neurodegenerativa mais comum, atrás apenas do Mal de Alzheimer.
A empresa informou que está se associando a Fundação Michael J. Fox, criada pelo ator, que sofre com a doença desde o ano 2000. A primeira fase do estudo deve ser iniciada nos próximos meses com o objetivo de determinar a viabilidade do uso de dispositivos portáteis para monitoramento remoto de pacientes e o armazenamento de dados em um sistema aberto que possa ser acessados por cientistas.
O passo seguinte será analisar como os pacientes estão respondendo à medicação. Os participantes do estudo vão utilizar vários dispositivos portáteis. “Na medida em que estes dispositivos cheguem ao mercado, nós poderemos coletar medidas objetivas e determinar a eficácia de novas terapias”, afirmou a vice-presidente de Parcerias de Estudos da fundação, Sohini Chowdhury.
Ela explicou que os ensaios clínicos têm sido ainda muito subjetivos como, por exemplo, o paciente informa ao médico que sentiu tremores por alguns minutos, mas na verdade foram apenas segundos. Sohini Chowdhury acredita que no futuro os médicos poderão dispor de medições mais exatas para determinar a frequência e a gravidade de cada caso. Além disso, ela acredita que o uso destes dispositivos permitirá que mais pessoas participem de ensaios técnicos por ser um método que não exige que o paciente resida próximo ao centro de pesquisa.
Já um garoto de apenas 15 anos inventou um dispositivo que pode ser útil para pessoas que têm o Mal de Alzheimer. Kenneth Shinozuka criou um aparelho que ativa um alarme no momento em que o paciente pisa no chão. A informação é passada para um aplicativo instalado no smartphone do cuidador ou de familiares do paciente. O sensor é instalado nos pés da pessoa que sofre com a doença através de um esparadrapo ou colocado dentro da meia na hora de dormir.
A ideia de criar o dispositivo surgiu de um problema pessoal do jovem. O avô de Shinozuka sofre com a doença e ele percebeu como era complicado manter a segurança durante a noite, quando não há ninguém por perto. Boa parte das pessoas com o Mal de Alzheimer costuma acordar durante a madrugada e sair da cama. Em alguns casos, o paciente pode, inclusive, sair de casa e se perder na rua.
Os testes realizados durante seis meses mostraram 100% de eficácia do aparelho. Em todas as 437 vezes, o dispositivo alertou quando o avô dele deixou a cama. A invenção de Shinozuka está entre os 15 finalistas mundiais da Feira de Ciências do Google. Ganhar o concurso é apenas uma consequência para o garoto. Ele pretende fabricar centenas de aparelhos e doá-los para casas de apoio e asilo que cuidam de pessoas com a doença.
No Reino Unido foi desenvolvido um aplicativo para monitoramento da doença de Ménière, que pode resultar em tinnitus (zumbido), perda auditiva, vertigem e sensação de uma profunda pressão no ouvido. O app permite que os pacientes monitorem os sintomas e compartilhem as informações com os médicos e pesquisadores. As causas da doença ainda são desconhecidas. Por isso, a diretora da Ménière's Society, Natasha Harrington-Benton, afirma que será útil para que os pacientes possam administrar a enfermidade.
A equipe de pesquisa espera que, a partir do desenvolvimento do aplicativo, os médicos possam comparar resultados, ter mais informações que os auxiliem a entender o que determina o surgimento da doença bem como avaliar de qual forma fatores climáticos como pressão atmosférica e umidade podem agravar os sintomas, além de descobrir se os pacientes sofrem com os mesmos sintomas ao mesmo tempo.
Mas aqui no Brasil também existem pesquisadores desenvolvendo soluções para doenças. A professora da Universidade do Vale do Paraíba (Univap), Alessandra de Almeida Fagundes, criou um aplicativo para iOS que ajuda pacientes com disfunção pulmonar restritiva (dificuldade de expansão pulmonar). O app foi desenvolvido em parceria com a empresa Babs2go e permite que o usuário faça exercícios respiratórios interativamente.
O aplicativo funciona da seguinte forma: quanto mais o paciente respira, o visor mostra uma elevação de bolinhas até chegar ao limite. Neste momento a pessoa passa de fase para um nível mais difícil, no qual é exigido um esforço maior para que as bolinhas subam e o objetivo seja atingido. O aplicativo ainda está em fase de testes, mas os primeiros resultados são positivos. Os pacientes submetidos ao aplicativo tiveram elevação da força muscular respiratória e melhora na expansão pulmonar.
De acordo com a pesquisadora, o objetivo é aumentar a adesão dos pacientes ao tratamento, oferecendo uma motivação maior à realização dos exercícios respiratórios, sobretudo, para as crianças. O projeto demorou quatro anos para ser desenvolvido. De acordo com Alessandra, o aplicativo pode ser usado inclusive por atletas profissionais uma vez que há níveis de dificuldade bastante elevados.
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