Categorias: Cibersegurança

Conheça o software que traduz políticas de privacidade

Uso da localização é problema nos dois endereços. Retenção de dados preocupa quem aceita os termos de serviço do Google e o uso esperado os usuários do Facebook.

Quando você se registra em qualquer site, como Google, Facebook, Twitter ou Amazon, precisa concordar com o texto da política de privacidade. No entanto, alguma vez você tentou ler aqueles longos e densos parágrafos que parecem ter sido escritos no pior “juridiquês” possível para que ninguém possa compreender? Poucas pessoas se aventuram nessa odisseia. Há dois anos, inclusive, o Google alterou sua política de privacidade para torná-la mais simples para os usuários.

Para tentar solucionar essa questão, duas empresas com foco em privacidade criaram uma nova extensão para navegadores que promete traduzir o “juridiquês” para termos que pessoas comuns possam entender. O Privacy Icons foi criado pelas companhias Disconnect e TRUSTe e estão disponíveis (disconnect.me/icons) no modelo de “pay-what-you-want”, ou seja, “pague o quanto quiser”.

O software pode ser baixado para as versões mais recentes do Chrome, Firefox, Opera, Internet Explorer e Safari. Para navegadores de dispositivos móveis, o software estará disponível em breve. Ele analisa a política de privacidade do site e a divide em nove blocos distintos, incluindo as mais polêmicas, como rastreamento e localização, e a política de retenção de dados, etc.

Em seguida, o usuário terá acesso aos nove ícones classificados pelas cores vermelha, amarela e verde, como um semáforo para alertar sobre o nível de preocupação com a política de privacidade do site em cada área.

O CEO da Disconnect, Casey Oppenheimer, afirma que o objetivo do software é “ajudar os indivíduos a recuperarem o controle de suas informações pessoais online”. Ele explica que os textos das políticas de privacidade possuem em média 2.400 palavras, demoram 10 minutos para serem lidos e estão escritos para o nível de um estudante universitário.

O site mais visitado do mundo, Google, recebeu marcas vermelhas no quesito retenção de dados, pois não há qualquer informação sobre quando ele apaga os dados do usuário; e na categoria de localização precisa, por conta do rastreamento da geolocalização dos usuários.

Já o Facebook, segundo site mais visitado, ganhou marcas vermelhas para localização precisa e no quesito uso esperado, por não revelar se os dados coletados sobre usuários são utilizados de outras formas diferentes daquelas que seriam razoavelmente aceitáveis.

Redação PSafe

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