Site da Anatel é alvo da ação de hackers
ProtoWave, que já invadiu sites da Odebrecht e da Samarco, expõe vulnerabilidade de segurança de uma das maiores agências do governo.
Quem se preocupa com segurança digital se surpreendeu, esta semana, com a invasão do site da Anatel. Integrantes do ProtoWave, grupo brasileiro que já invadiu os sites da rede de fast food Habib’s e da mineradora Samarco, responsável pela tragédia ambiental em Mariana (MG), provaram que até o site da Agência Nacional de Telecomunicações, quem diria, tem vulnerabilidades fáceis de serem expostas.
O grupo, que fez chacota da falha de segurança, deixou uma mensagem bem-humorada no site da agência, usando como referência um funk do MC Bin Laden que diz “Tá tranquilo, tá favorável”. No texto, porém, no lugar de “favorável”, foi usada a palavra “vulnerável”, numa clara manifestação que relaciona a música à invasão.
Expor para corrigir
Grupos como o ProtoWave dividem opiniões. Ao mesmo tempo que se apoderam temporariamente dos sites de suas “vítimas”, eles costumam fazer isso para mostrar que há falhas graves na segurança dos dados de sites de empresas privadas e órgãos públicos.
Quando invadiram a página da rede de fast food Habib’s, por exemplo, quiseram deixar claro como as informações de milhares de clientes podem ser roubadas com facilidade se não houver filtros muito competentes capazes de barrar as tentativas de invasão.
Ativismo hacker
As ações “justiceiras” do ativismo hacker não param por aí. O mesmo grupo que esta semana fez chacota do site da Anatel já foi responsável, há poucos meses, pela invasão aos sites da Odebrecht, envolvida na operação Lava Jato, e da Samarco, mineradora responsável pela maior tragédia ambiental do país, ocorrida em Mariana, Minas Gerais.
Nas duas ações, a organização criticou questões relacionadas à corrupção e à ambição comercial que guia a distribuição e a exploração de recursos naturais, que em geral não levam em consideração os impactos ambientais e sociais das regiões afetadas.