O uso das redes sociais para combater crimes está se tornando cada vez mais comum em vários países, inclusive no Brasil. Inúmeros casos que acabaram se tornando público dão uma pequena ideia de como as autoridades exploram as informações da internet.
Um exemplo recente e bem sucedido vem da Inglaterra e da Espanha, depois que um mandado de detenção foi emitido para encontrar o casal Brett e Nagehmeh King. Eles tiraram o filho que se tratava de câncer de um hospital britânico em Hampshire, sem autorização. Foi quando a polícia lançou um alerta no Twitter em busca de informações.
Apenas três minutos depois de fazer o alerta na rede social, a polícia recebeu uma mensagem dizendo que a van da família tinha parado num posto de gasolina na estrada Eskoriatza, no norte da Espanha. As autoridades dos dois países, agindo em conjunto, passaram a priorizar as buscas na região. Duas horas depois, um recepcionista de um hotel perto de Málaga, que havia visto um novo alerta da placa no Twitter, reconheceu a van no local e ligou para a polícia. O casal acabou detido.
Os casos não se limitam apenas a países europeus. As forças policiais da América, tanto a latina como a do norte, têm investido fortemente na ajuda da internet para solucionar crimes. O departamento de polícia de Nova York, por exemplo, anunciou que seus comandantes iriam fazer um curso sobre o uso do Twitter para investigar e saber como liberar informações online sobre as investigações.
A Interpol também encontrou nas redes sociais novas maneiras de combater o crime. A organização recolhe o fluxo de informação gerado em nível global em sua sede em Lyon (França) e em Buenos Aires (Argentina). Quando acontece, por exemplo, um desastre natural ou a detenção de alguém procurado internacionalmente, a Interpol confirma os dados e os divulga por meio de sua rede de comunicação confidencial.
Um caso recente alertou a polícia do Rio Grande do Sul sobre a importância de usar as redes sociais para combater o crime. Foi por meio do Facebook que policiais da cidade de Santa Maria prenderam uma jovem de 18 anos por tráfico de drogas. Depois que passou a monitorar o perfil da moça, os policiais notaram a ostentação que ela fazia, exibindo fotos com armas, dinheiro e até fazendo comentários sobre a venda de drogas.
O titular da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (DEFREC) de Santa Maria, Sandro Meinerz, diz que o uso das redes sociais é uma realidade estabelecida. Segundo ele, “não é mais possível deixar de usar a internet nas investigações, já que existem criminosos que mostram cenas do seu cotidiano, e estas cenas geralmente estão ligadas a crimes”.
Outro caso registrado na mesma delegacia foi o de um suspeito de assaltos a uma loja de roupas e a uma farmácia no bairro Tancredo Neves. Os vídeos das câmeras de segurança foram divulgados e compartilhados nas redes sociais. Não demorou e a delegacia recebeu uma denúncia anônima de uma pessoa que viu o vídeo no Facebook, revelando que o homem tinha perfil no site de relacionamentos.
A polícia afirmou que se não fossem essas informações, dificilmente teriam achado uma pista do criminoso.
A cidade de São Paulo também conta com uma polícia conectada. Desde 2012, a Polícia Militar reforça a sua presença nas redes sociais, por meio de contas no Twitter e no Facebook. Os cidadãos ainda participam de uma espécie de patrulha colaborativa, com o objetivo de diminuir a criminalidade nas marginais dos rios Tietê e Pinheiros.
As duas contas são monitoradas dia e noite, durante 24 horas, para que nenhum detalhe seja perdido. Os cidadãos devem ajudar na ação policial, avisando sobre pessoas suspeitas e problemas que sejam avistados nos 43 quilômetros de vias que compõem as duas marginais.
A 3ª Companhia do 2º Batalhão de Trânsito, composta por dezenas de oficiais, é a encarregada de analisar as mensagens e direcionar esforços policiais, caso seja necessário.
A Polícia Federal iniciou este ano o projeto #AlertaPF, que tem como objetivo localizar pessoas desaparecidas ou procuradas com auxílio da população. Semanalmente, os perfis oficiais da PF no Facebook e no Twitter divulgam banners com fotos e informações gerais sobre uma determinada pessoa.
O #AlertaVermellho apresenta casos de pessoas que estão sendo procuradas pela Justiça. E o #AlertaAmarelo divulga pessoas desaparecidas.
No release oficial da campanha, a Polícia Federal pede a ajuda dos internautas para localizar tais pessoas dirigindo-se à unidade mais próxima do órgão ou enviando um e-mail para: procurados@dpf.gov.br.
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