Twitter anunciou, no fim de 2014, sua intenção de coletar listas dos aplicativos instalados nos smartphones para direcionar serviços e publicidades. No entanto, essa iniciativa não teve aprovação universal e gerou grandes polêmicas.
Os resultados do “app graph”, no qual o site tem chamado essa coleção de dados, foram projetados para melhorar as sugestões de “quem seguir” e promover conteúdos mais relevantes, como “tweets, contas ou outros conteúdos” que tenham mais a ver com os usuários.
O Twitter teve que se justificar, e afirmou que não estava colocando todos os dados dentro dos aplicativos e que os usuários têm a opção de sair a qualquer momento. O problema é que o diretor de políticas da Open Rights Group, empresa de organização de campanhas baseadas em direitos digitais do Reino Unido, Javier Juiz, garantiu que essa iniciativa pode revelar informações pessoais e sensíveis dos usuários.
Segundo ele, se a pessoa tem Grindr ou Tinder, pode indicar sua orientação sexual. E continua: “Acompanhar um app é algo intruso e se esse tipo de rastreamento for usado em um laptop, será considerado spyware”.
Desde que o jornal inglês “The Guardian” publicou as primeiras revelações de Edward Snowden, houve também algumas observações no Twitter para notificar os usuários sobre o “app graph” antes de ativá-lo e para explicar como poderá ser desativado. Essa foi, segundo Snowden, uma oportunidade para que as pessoas descobrissem que seus dados estão sendo recolhidos sem o seu conhecimento.
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