Muitas pessoas não conseguem separar a vida e os prazeres pessoais do ambiente de trabalho. Assim, a internet pode se tornar um instrumento de distração por parte de funcionários de uma empresa. Pesquisas feitas nos EUA e no Brasil mostram que 80% dos trabalhadores desperdiçam na web tempo que deveria ser gasto com produtividade. Já outras companhias necessitam de uma internet totalmente livre para aumentar sua produtividade.
O fato é que cada empresa tenta agir da maneira que faça os funcionários renderem mais. Uma pesquisa realizada pelo site de classificados de empregos Trampos mostrou que muitas companhias investem na distração e descontração de suas equipes. Claro que existe a contrapartida, e as empresas estão sempre em busca de extrair mais de cada um. Esse incentivo, muitas vezes, acontece com a liberação de bermuda para trabalhar, o uso de videogames nos intervalos das tarefas, um cochilo depois do almoço, festas regulares etc.
Tiago Yonamine, diretor executivo do Trampos, explica que requisitos comportamentais, como pro-atividade e foco, são indicados na descrição das vagas, principalmente nas de competências da publicidade, como design, criação, atendimento e planejamento. O percentual de solicitação de profissionais proativos é superior a 30%, segundo o estudo, na análise das vagas referentes ao mercado de comunicação.
Mesmo com os benefícios modernos sendo empregados pelas empresas, especialmente as de tecnologia, como a PSafe tenta incentivar, os benefícios mais comuns ainda são o vale-refeição (em 71% das empresas), vale-transporte (65%), assistência de saúde (39%) e odontológica (20%), bom ambiente de trabalho (15%) e horário flexível (8%).
O maior desafio dos empregadores é equilibrar os anseios das gerações Y e Z, sempre ávidas por informações das mais variadas formas. Se por um lado a versatilidade deu a essas pessoas maior mobilidade e flexibilidade com relação à adaptação fácil a novas tecnologias e situações de trabalho, por outro, criou em muitos deles uma falta de comprometimento nas relações trabalhistas que chegam a beirar a negligência, acreditam especialistas.
Um dos maiores problemas é que essas gerações respondem muito menos aos comandos e controles tradicionais de gerenciamento e que, por estarem acostumados a conseguir o que querem, não se sujeitam às atividades subalternas de início de carreira.
Uma pesquisa feita pela Robert Half com 2,1 mil empresas dos Estados Unidos mostra que as redes sociais são um motivo de preocupação: 30% dos gestores disseram que a internet rouba o tempo dos funcionários. Em seguida, vêm as preocupações com conversas de corredor e parada para o cafezinho (27%), e as ligações telefônicas pessoais (20%).
Um estudo recente feito pela Deep (Desenvolvimento e Envolvimento Estratégico de Pessoas e Clientes) apontou que os trabalhadores gastam, em média, até 1h16 diariamente com questões que envolvem o acesso às redes sociais. O que fazer, então, para equilibrar esses anseios das gerações? O ideal é impedir e bloquear sites e redes sociais, ou é melhor equilibrar as ações para não interferir na criatividade?
É muito difícil e perigoso proibir totalmente o uso de certas ferramentas que a internet pode proporcionar para melhorar o próprio desempenho no trabalho. É preciso disciplina, já que as chamadas gerações Y e Z são altamente conectadas e dificilmente vão ficar totalmente off. Os próprios smartphones nos bolsos de cada um são prova disso.
Estes jovens sabem, contudo, que o exagero lhes é prejudicial. Um estudo feito pela The Ohio State University diz que as multitarefas (multitasking) servem pra preencher apenas o lado emotivo: “As pessoas que abrem várias janelas em navegadores não estão sendo mais produtivas. Elas apenas se sentem emocionalmente mais satisfeitas achando que estão trabalhando”.
Algumas empresas, na contramão da proibição do uso ilimitado da internet, não tomam iniciativas para impedir que funcionários façam aquilo que bem entenderem na web. É o caso da PSafe Tecnologia. A gerente de RH da companhia, Juliana Motta, sabe da importância de deixar as pessoas livres para criar um ambiente que respira tecnologia.
“Quando o funcionário tem prazer e comprometimento com o que faz, não precisa haver essa limitação. É preciso que eles progridam e trabalhem a criatividade. Quando se começa a proibir, dizendo que não pode isso, não pode aquilo, corre-se o risco de perder muito deles”, diz Juliana.
Mas se mesmo assim aparecer aquele colaborador que se deixa levar por distrações pessoais em redes sociais, sites e chats? Segundo Juliana, não há nem tempo para o funcionário agir assim. Um exemplo do passado serve como parâmetro para os demais.
“Um funcionário antigo chegou a sugerir o bloqueio de certas ações na internet. Eu impedi essa ideia na hora. Porque se tivermos esse tipo de problema com os colaboradores, de ter que bloquear acessos, é porque ele realmente não tem o DNA da empresa”, explica Juliana, lembrando que o funcionário que deu a sugestão não ficou muito tempo na PSafe após a ideia.
“Atrelamos as competências organizacionais com as individuais. Se percebemos que o indivíduo não tem competência e maturidade, não vale a pena insistir na permanência dele. Não preciso ficar monitorando ninguém. Esse rapaz que fez a sugestão não durou nem um mês. Ele pediu pra sair, já que ele tinha outra cultura dessa liberdade na web. Não podemos ser uma empresa de tecnologia que impede de a internet ser usada no escritório”.
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