Novamente, o WhatsApp é usado para aplicar golpes on-line. Desta vez, os hackers prometem a participação em um programa para adquirir a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) gratuitamente, de acordo com o laboratório de segurança digital DFNDR Lab. Em uma semana, mais de 630 mil pessoas que usam o DFNDR Security receberam o golpe.
O grande diferencial do golpe é que, de maneira ainda mais desleal, os hackers atacam exclusivamente usuários que recebem menos de 2 salários mínimos (cerca de 1.067.416 de pessoas¹, de acordo com dados do IR) ou que estão desempregadas há mais de um ano (939 mil brasileiros, segundo o IBGE²). Essa é a população que tem direito a participar do programa CNH Social, que possibilita se habilitar na categoria ‘B’ de forma gratuita – o valor real é em média 2 mil reais.
Com a promessa de que há uma nova seleção de candidatos à CNH Social, o golpe solicita que o usuário preencha seus dados pessoais como nome completo, data de aniversário e o estado onde mora. Em seguida, ele é induzido a compartilhar a falsa promessa com dez amigos ou em cinco grupos do WhatsApp para concluir a inscrição.
Depois de clicar três vezes no botão compartilhar, o usuário é redirecionado para uma página no Facebook que contém posts sobre outros programas do governo, como Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida, com a intenção de dar credibilidade ao anúncio.
Segundo Emilio Simoni, Diretor do DFNDR Lab, diariamente, centenas de milhares de links maliciosos são espalhados via WhatsApp sem que as pessoas saibam que estão ajudando os hackers a disseminarem seus golpes.
“Neste caso específico, o cibercriminoso está aplicando métodos de engenharia social ao ampliar sua base de contatos para a veiculação de novos golpes e até mesmo ganhar dinheiro expondo/vendendo dados pessoais dos usuários”, explica.
O usuário pode usar o WhatsApp com segurança. Para isto, Simoni recomenda o uso de um aplicativo de antivírus que tenha a função anti-phishing ou anti-hacking. O DFNDR Security, por exemplo, é capaz de bloquear links falsos ou com vírus em aplicativos de mensagens, redes sociais e também no navegador. Assim, é possível evitar ataques mesmo se o usuário abrir a url maliciosa.
Em caso de dúvida, o usuário também pode usar a ferramenta de análise – gratuita e disponível para toda a população – do DFNDR Lab. Para usar, basta colar o link suspeito no campo indicado e o laboratório digital indica se o link é seguro ou não.
¹Número referente às declarações de imposto de renda de pessoas físicas entregues em 2015 (ano-calendário 2014), divulgados pela Receita Federal.
²Dados referentes ao 3º trimestre de 2017.
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