Não tira o olho do celular? Esse vício tem nome: nomofobia
Será que você é um nomofóbico e não sabe? Apresentamos quatro dicas para se relacionar melhor com a tecnologia sem se desconectar do mundo.
Se você não depende, hoje, de um celular conectado à internet para um monte de coisas do dia a dia, das duas uma: ou você não é lá muito chegado em tecnologia (o que não é necessariamente ruim), ou é muito evoluído, afinal, uma vez que desfrute das vantagens e da praticidade que um smartphone pode oferecer, quem consegue voltar atrás?
Apesar de extremamente positivo em inúmeros aspectos, o avanço da tecnologia também tem um lado negativo e que tem feito muita gente perder o rumo e o bom senso. Passamos tempo demais com os olhos grudados na telinha e deixamos de prestar atenção em coisas importantes e aproveitar momentos entre amigos e família. Será que estamos cada vez mais ausentes, mesmo estando presentes?
Isso pode ser nomofobia
Nomofobia é o nome adotado para definir o caso de quem tem medo de ficar sem o celular. Parece bobo, mas não se iluda. Mais que isso, a nomofobia representa o medo de se desconectar do mundo, de não fazer parte do grande fluxo de coisas que acontecem a todo instante. Ela lembra, em parte, a definição da expressão fear of missing out, ou FOMO, em inglês, que é algo como o medo de ficar de fora, de perder alguma coisa — algo a que fomos condicionados de certa maneira pela internet, concorda?
Esse comportamento tem preocupado pesquisadores, médicos e psicólogos dos mais diferentes lugares. Segundo especialistas, a dependência tecnológica é perigosa pelas suas consequências, mas também pela maneira silenciosa como se instala nas nossas vidas: através de estímulos recreativos.
Tudo tem uma explicação mais aprofundada, claro. Como no caso dos videogames, quando vivenciamos as experiências gamificadas e estimulantes preparadas para a interface do smartphone, estamos sujeitos à liberação de dopamina, que desencadeia no organismo sensações de prazer, motivação e euforia. E o pior: precisamos de estímulos cada vez maiores para alimentar essa dependência.
É quase automático
Quando vivencia uma situação desagradável no cotidiano, seja ela qual for, é muito provável que a maioria das pessoas tente se ocupar com o smartphone se ele estiver por perto, ao alcance das mãos. Se pararmos para pensar, vamos nos dar conta de que isso é assustador, afinal, reduz a nossa capacidade de lidar com os problemas e de nos relacionar com outras pessoas.
E é então que a gente se pergunta: a tecnologia não deveria estimular justamente o contrário?
Como lidar com a nomofobia?
Quem quer aproveitar mais a vida e se relacionar de maneira produtiva e positiva com a tecnologia precisa se acostumar a fazer alguns exercícios simples, mas que demandam um certo esforço.
Falar que você precisa controlar a ansiedade e se conscientizar de que não vai perder muita coisa se ficar um tempinho desconectado é óbvio, mas não tão efetivo quanto estas dicas:
- Elimine os aplicativos das redes sociais que mais tomam o seu tempo. É uma medida drástica, mas menos radical que apagar as contas, certo? Volte a tê-los somente quando se acostumar à vida sem eles.
- Aprenda a viver sem a interrupção das notificações. Desative a maioria e mantenha só as que você realmente precisa — inclusive, se puder, apenas aquelas vindas de pessoas específicas, para as quais você realmente quer estar disponível o tempo todo.
- Deixe para se atualizar no fim do dia, quando estiver livre, mais calmo e relaxado. Evite usar qualquer pausa no meio da tarde para checar as últimas do feed do Instagram. Poupe a ansiedade e a sua conexão de dados.
- Na hora de dormir, deixe o celular longe. Nada de dar um gelo no soninho que já vinha chegando com o brilho da tela do smarpthone. Além disso, tendo que se levantar para desligar o despertador você ainda se força a acordar na hora certa.
Estas são apenas algumas dicas e, claro, cada pessoa tem um jeito de tentar viver menos dependente do smartphone. O bom, no fim das contas, é que, se conseguir seguir essa proposta, você vai ter reaprendido a estar presente e vivenciar o que realmente importa, e isso não tem preço!