Cristiane Santos tem 40 anos, é mestre em Matemática Aplicada e especialista em Análise, Projeto e Gerência de Sistemas. Ela também é diretora-executiva da Ofis, empresa de TI que oferece soluções para treinamento empresarial, capacitação técnica e formação profissional, com ênfase na web e em jogos digitais.
Pesquisas indicam que esta ainda não é a realidade global. Sabe-se hoje que as mulheres estão cada vez mais na dianteira dos estudos, mas salários e cargos não acompanham essa evolução. No Brasil, as mulheres que estudaram 12 anos ou mais recebem salários equivalentes a 66% da remuneração dos homens. “Infelizmente, a própria comparação salarial entre os diferentes gêneros para um mesmo cargo mostra que precisamos avançar no comportamento do mercado profissional com relação às mulheres”, analisa Cristiane Santos.
Segundo o relatório divulgado em junho, no quadro geral do Facebook 69% dos funcionários são homens, contra 31% de mulheres. Quanto às etnias, 57% dos contratados são brancos e 34%, asiáticos.
Hispânicos, miscigenados e negros ocupam apenas 9% dos cargos. Na área de tecnologia, os homens também dominam, ficando com 85% dos cargos. E os brancos, com 53%.
Um comparativo realizado pelo site Techcrunch mostra que o Facebook está pouco à frente do Google, com diferença de 1% sobre o gênero dos profissionais e de 7% sobre as etnias.
Yahoo! e LinkedIn são um pouco mais diversificados que ambas as empresas, com 37% e 39% de mulheres contratadas. Mesmo assim, a grande maioria dos empregados é branca ou asiática nas quatro companhias.
Na publicação com o relatório realizado, a chefe global de diversidade do Facebook, Maxine Williams, diz que “ainda há muito trabalho a fazer”, e afirma que a diversidade é essencial para a companhia alcançar suas metas.
Para tornar isso possível, a empresa já está tomando providências que possibilitem o recrutamento diversificado de talentos, como programas e estratégias para aumentar o leque de profissionais desses grupos ainda não representativos no setor.
As parcerias com o Anita Borg Institute, o National Center for Women & Information Technology e a expansão da Facebook University (programa de estágio focado em calouros da graduação de grupos sub-representados que demonstram interesse na área) são algumas das iniciativas.
No mês de maio, o Google divulgou um relatório mostrando que 70% de seus 45 mil funcionários no mundo são homens. A presença das mulheres é ainda menor, considerando apenas as áreas de tecnologia (17%) e liderança (21%). Os trabalhadores do Google são, em sua maioria, brancos (61%) ou asiáticos (30%), dados apenas do escritório dos Estados Unidos. Os negros e hispânicos representam só 5% da equipe. Não há números sobre a divisão étnica dos cerca de 600 funcionários do Google no Brasil.
“O Google não está no lugar em que nós gostaríamos quando olhamos a questão da diversidade, e é difícil enfrentar esse desafio se você não estiver preparado para discutir isso abertamente”, afirmou o vice-presidente sênior da área de recursos humanos do Google, Laszlo Bock.
A companhia não possui cotas para recrutar minorias, mas diz que tem programas para fomentar o acesso à área de tecnologia dos grupos menos representados. Um exemplo é a criação de um programa que leva mulheres latinas à sede do Google no Vale do Silício, para ter aulas de ciências da computação. Há iniciativas similares em universidades americanas com maior percentual de alunos negros.
Para o consultor da empresa de recrutamento de executivos Exec, Rodrigo Foz Forte, a desigualdade racial e de gêneros nas empresas não é exclusividade do Google. “A qualificação é o que mais pesa na hora de contratar. As empresas não costumam pedir para priorizar ou restringir raças ou gêneros específicos", explica. Segundo ele, a desigualdade histórica de acesso à formação escolar de qualidade entre a população negra é um dos fatores que reduz sua presença no alto escalão.
O Google está oferecendo aulas gratuitas de programação para mulheres e outras minorias da população dentro do ambiente tecnológico, como pessoas com alguma deficiência, idosos, hispânicos e afrodescendentes.
Em parceria com escola de programação Code School, o programa propõe ampliar a diversidade em empresas de tecnologia. As pessoas inscritas terão aulas online gratuitas durante três meses de JavaScript, Ruby, HTML/CSS e iOS. Para realizar a inscrição, basta preencher este formulário.
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