Uma das extensões mais populares para Google Chrome é responsável por criar um exército de computadores a serviço dos hackers. Hola VPN foi acusada de vender largura de banda de internet de seus usuários sem os seus consentimentos. A prática pode servir de plataforma para hackers atacarem maliciosamente sites na internet.
VPN (Virtual Private Network) ou rede privada virtual é uma forma de estabelecer conexão entre dois computadores de forma segura. Por exemplo, o usuário doméstico acesso conteúdo em sites de terceiros.
A VPN é quem garante a conexão entre os dois pontos distantes geograficamente, protegendo o tráfego de dados por meio de criptografia e garantindo privacidade ao usuário de internet.
A velocidade de conexão influencia diretamente o desempenho da VPN utilizada como ponte entre dois computadores. O recurso se popularizou devido ao incremento do consumo de conteúdo disperso geograficamente, com grande impulso do Netflix.
Assim, por meio de VPN’s, os usuários conseguem contornar proibição de acesso a determinados arquivos audiovisuais.
É por meio de uma VPN que os americanos assistem programas da BBC britânica e os britânicos veem shows e comédias americanas, indisponíveis na internet das suas regiões.
Normalmente pago, o serviço de VPN Hola é grátis e pode ser baixado como plugin de extensão do navegador de internet Google Chrome. Daí a sua rápida popularização. Ao eliminar as barreiras impostas geograficamente e com seis milhões de usuários, Hola foi aclamado por mudar a forma como usamos a internet.
Funciona assim, ao usar sistema de conexão peer-to-peer, Hola rateia o tráfego entre seus usuários para permitir acesso a conteúdos restritivos, por exemplo. Um britânico ao tentar acessar um conteúdo restrito aos americanos pode ser direcionado ao site de internet hospedeiro utilizando a conexão de internet de um usuário americano.
O problema é que, gratuito, Hola começou a negociar banda dos seus usuários por meio do serviço Luminati (em operação desde outubro de 2014), permitindo acesso a conteúdos dispersos no globo mediante pagamento de uma taxa.
Acontece que a função nas mãos erradas pode servir para criar um exército de máquinas a serviço dos hackers, transformando os computadores dos usuários de Hola em uma enorme botnet.
A empresa já assumiu o problema depois que o serviço de VPN Hola foi utilizado para atacar outro site. Apesar da possibilidade de comércio ser abordada no FAQ da empresa, nenhum usuário comum costuma ler as cláusulas, nem antes, nem depois de baixar extensões.
Um dos principais problemas é que com a possibilidade de utilização de banda por outra pessoa, caso seja uma ação criminosa, por endereço de IP, a dúvida pode recair sobre o usuário errado, que poderá ter que se explicar à justiça.
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