O maior evento esportivo do planeta é o novo alvo dos criminosos digitais. Diversos golpes da Copa foram detectados pelos especialistas em cibersegurança do dfndr lab, por meio do aplicativo dfndr security. Na maioria, os golpes usam o Pix, uma das principais avenidas para os golpes usados pelos criminosos digitais.
Atualmente, o Pix responde por 70% dos crimes financeiros, refletindo não somente o potencial alcance do método de pagamento, mas também a capacidade dos criminosos digitais de se apropriar de novas tecnologias. Segundo o Banco Central, o volume financeiro de golpes envolvendo o Pix se aproxima da marca dos R$ 1,8 bilhões, em 2022.
Abaixo, segue um exemplo de um golpe encontrado pela nossa equipe:
“Existem diversas promoções reais durante a Copa” explica Emilio Simoni, chefe de segurança digital da CyberLabs. “Isso torna os golpes que se apropriam do tema ainda mais eficazes. Afinal, os criminosos aproveitam o clima positivo de torcida pela seleção e as promoções comuns dessa época, para disseminar os seus golpes e pegar as vítimas de surpresa.”
Apenas em novembro de 2022, o dfndr security detectou mais de 120 mil tentativas de golpes envolvendo o tema da Copa.
Emilio explica as principais características desse tipo de golpe.
Na maioria envolvem o assunto de copa premiada, informando as pessoas de um suposto prêmio a ser recebido, como no exemplo abaixo.
Além disso, se apropriam indevidamente de marcas famosas, inclusive de potenciais patrocinadores oficiais do evento, para dar mais credibilidade ao golpe.
A maioria dos golpes é disseminada pelo Whatsapp e SMS, com outras redes sociais também sendo usada para espalhar os golpes. Também existe uma chamada forte para o compartilhamento, ajudando os golpes a crescerem exponencialmente, alcançando muito mais pessoas, com pouco esforço para os hackers.
Os golpes também trazem uma lista de depoimentos falsos, como se as pessoas já tivessem recebido, também para dar mais credibilidade à ação.
“O objetivo do golpe em sua maioria é a coleta de informações”, explica Emilio. “Dependendo do golpe, os criminosos podem pedir diferentes dados durante o quiz, como CPF, endereço, telefone e em certos casos, até mesmo a chave do Pix das vítimas. Com isso, eles podem fazer outros golpes posteriormente, como uma fraude de identidade no WhatsApp para pedir dinheiro de amigos e familiares, por exemplo.
Emilio também traz algumas dicas simples de como não cair nesse tipo de golpe.
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