Categorias: Cibersegurança

Entenda os modelos de negócios da Google e do Facebook

Entenda os modelos de negócios dos dois gigantes mundiais da internet

O Facebook e o Google, dois gigantes da tecnologia, possuem modelos de negócios bem diferentes. Ambos, porém, vêm dando muito lucro a seus donos. A rede social de Mark Zuckerberg é o site em que os internautas passam mais tempo em todo o mundo, de acordo com levantamento da Nielsen. Os usuários gastam cerca de oito horas por mês em suas páginas. Enquanto no Google, a média mensal é de duas horas.

A quantidade de tempo gasto pelos internautas permite ao Facebook adaptar a publicidade aos gostos específicos de cada utilizador. A propaganda direcionada é uma de suas principais fontes de renda. As propagandas passam a ser eficientes porque entram em contato com um grupo de potenciais clientes selecionados pelas suas preferências, hábitos de consumo e recomendações dos amigos.

O maior chamariz do Facebook para os investidores é claramente a taxa de crescimento das suas receitas, alcançada em momento de crise econômica mundial. Com isso, consegue se destacar da maioria das empresas que estão no mercado. 

Contudo, o ritmo de crescimento tem desacelerado muito depressa, aproximando-se perigosamente do crescimento anualizado previsto para o Google ao longo dos próximos cinco anos, de 18%.

A preocupação da empresa, agora, é evitar essa desaceleração. Com isso, a pressão de fidelizar mais usuários torna-se grande. Não só isso. É preciso tentar aumentar o tempo que a pessoa passa no site. Por isso, a busca por novas funcionalidades e aplicativos é constante.

Face a essas ameaças, o Facebook está pressionado a fidelizar cada vez mais os usuários, procurando maximizar o tempo que eles passam no site, que aumentou em média 14% no último ano. É neste sentido que têm sido introduzidas novas funcionalidades como o Timeline, que permite aos utilizadores carregarem a história da sua vida.

Nos últimos quatro anos, o Facebook tem reduzido a dependência do mercado publicitário, cujo peso nas receitas caiu de 95% para 82% no primeiro trimestre de 2012. O restante já é proveniente de comissões por pagamentos no site, especialmente em jogos e aplicativos.

Já o Google, desde a sua criação, tem buscado a liderança em dois serviços distintos: o de busca e o de propaganda na internet. Estes serviços formam a base da construção da competência central da empresa, ou simplesmente a sua capacidade de armazenar dados atualizados sobre as intenções de busca dos usuários online e o oferecimento de resultados que os satisfaçam.

Nos últimos anos, porém, o Google tem expandido seus modelos de negócio. A gigante da tecnologia está interessada em levar internet a lugares remotos da Terra pelo projeto Loon e firmou parceria com uma empresa de satélites para também chegar ao espaço, além das novidades anunciadas na conferência Google IO 2014 que aconteceu em junho.

A estratégia inicial de buscas e propagandas fez com que a empresa, em pouco tempo, conquistasse um volume intenso de tráfego. Em apenas dois anos após sua fundação, a companhia já respondia a aproximadamente sessenta milhões de buscas diárias.

Mas o modelo de negócios da empresa não permaneceu estático. Muito pelo contrário, o Google vem se adaptando às exigências dos consumidores e, por isso, não tem limites para crescer. Em 2003, por exemplo, a companhia apresentou o AdSense, um serviço no qual, através do registro junto ao Google, editores de sites permitem que anúncios de propaganda da rede de anunciantes da empresa apareçam ao lado do conteúdo de seus sites.

Neste caso, o editor responsável por aquele site receberia uma porção de receita, gerada pelo clique de um usuário da internet que fosse direcionado através do AdSense. Foi um grande sucesso e criou uma importante rede de distribuição de anúncios.

Desde então, o Google tem evoluído seu modelo de negócios através da ampliação de seu portfólio de serviços para os usuários da internet. Isso acontece porque, a cada novo serviço oferecido, a empresa consegue gerar mais tráfego e abre novos espaços para ampliar também seus serviços de propaganda.

Outro bom exemplo de expansão da empresa aconteceu em 2006 com a compra do site YouTube. Na época, o presidente da Google do Brasil, Alexandre Hohagen, anunciou que, nos Estados Unidos, a empresa já estava oferecendo uma nova modalidade de propaganda chamada in-video ad, que adiciona anúncios dentro dos vídeos do YouTube. Como todos podem ver hoje, o modelo pegou.

Redação PSafe

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