Smartphones, tablets, aplicativos, redes sociais, televisão vinculada à web, relógios inteligentes integrados ao celular. Nem parece que a internet entrou de vez na vida das pessoas há menos de 30 anos. Os dispositivos de comunicação se multiplicam na velocidade de um clique e ocupam o centro da vida cotidiana, sobretudo nas grandes cidades. Basta olhar para o lado para ver pessoas com os dedos ágeis sobre a tela touch screen de celulares modernos. Mas, a internet começa sua vida com grandes máquinas, e apesar de seu rápido desenvolvimento, ainda está distante de alcançar toda a população mundial.
Criada em plena Guerra Fria com objetivos militares, a internet seria uma das formas das forças armadas dos Estados Unidos de manter as comunicações em caso de ataques inimigos que destruíssem os meios convencionais de telecomunicações. Nas décadas de 1970 e 1980, além de ser utilizada para fins militares, a internet também foi um importante meio de comunicação acadêmico.
Foi somente no ano de 1990 que ela começou a alcançar a população em geral. Neste ano, o engenheiro inglês Tim Bernes-Lee desenvolveu a World Wide Web, possibilitando a utilização de uma interface gráfica e a criação de sites mais dinâmicos e visualmente interessantes. A partir deste momento, a internet cresceu em ritmo acelerado.
A década de 90, então, tornou-se a era de expansão. Para facilitar seu uso, surgiram vários navegadores (browsers) como, por exemplo, o Internet Explorer, da Microsoft, e o Netscape Navigator. O surgimento acelerado de provedores de acesso e portais de serviços online contribuiu para este crescimento.
A partir desse momento, a internet passou a ser utilizada por vários segmentos sociais. Os estudantes começaram a buscar informações para pesquisas escolares, enquanto jovens utilizavam para a pura diversão em sites de games. As salas de chat tornaram-se pontos de encontro para um bate-papo virtual a qualquer momento. Desempregados iniciaram a busca de empregos através de sites de agências de empregos ou enviando currículos por e-mail. As empresas descobriram na internet um excelente caminho para melhorar seus lucros e as vendas online dispararam, transformando a rede em verdadeiros shopping centers virtuais.
Nos dias atuais, é impossível pensar no mundo sem a internet. Ela tomou parte dos lares de pessoas do mundo todo. Estar conectado à rede mundial passou a ser uma necessidade de extrema importância. A internet também está presente nas escolas, nas faculdades, nas empresas e em diversos locais, possibilitando acesso às informações e notícias do mundo em apenas um clique.
A chegada da internet no Brasil foi um tanto tardia. Ela deu seu primeiro lampejo em terras tupiniquins apenas em meados de 1989, quando a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo) fomentou o projeto de interligar virtualmente o banco de dados de universidades brasileiras ao de instituições de ensino internacionais. Assim chegou ao país a Binet, que conectava a Fermilab em Chicago, nos Estados Unidos, à Fapesp.
O nome internet, porém, só foi utilizado por aqui em 1991. Até então o acesso aos dados era exclusivo a grupos seletos e com fins de estudos e pesquisas acadêmicas. No ano seguinte, um acordo firmado entre a APC (Associação para o Progresso das Comunicações) e o Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas) estendeu o uso da web para ONGs. Ainda em 1992 foi criado um duto principal de acesso e a RNP (Rede Nacional de Pesquisa).
Em 1993 e 1994 ocorreu a primeira conexão de 64 Kbps e uma grande profusão de páginas criadas por estudantes da Universidade de São Paulo (USP). Mas, foi em 1995 que ocorreram as mudanças mais significativas, quando foi estabelecida uma legislação para os provedores e a legalização do comércio de assinaturas privadas de internet.
A partir de 1997, iniciou-se uma nova fase na internet brasileira. O aumento de acessos à rede e a necessidade de uma infraestrutura mais veloz e segura levaram a investimentos em novas tecnologias. Entretanto, devido à carência de uma infraestrutura de fibra óptica que cobrisse todo o território nacional, primeiramente, optou-se pela criação de redes locais de alta velocidade, aproveitando a estrutura de algumas regiões metropolitanas.
Como parte desses investimentos, em 2000, foi implantado o backbone RNP2, que tinha como objetivo interligar todo o país em uma rede de alta tecnologia. Atualmente, o RNP2 conecta os 27 estados brasileiros e liga mais de 300 instituições de ensino superior e de pesquisa no país, como o INMETRO e suas sedes regionais.
Outro avanço alcançado pela RNP ocorreu também em 2000, quando ela foi transformada em uma organização social. Com isso, a entidade passou a ter maior autonomia administrativa para executar as tarefas e o poder público ganhou meios de controle mais eficazes para avaliar e cobrar os resultados. Como objetivos dessa transformação estão o fornecimento de serviços de infraestrutura de redes IP avançadas, a implantação e a avaliação de novas tecnologias de rede, a disseminação dessas tecnologias e a capacitação de recursos humanos na área de segurança de redes, gerência e roteamento.
A partir de 2005, a comunicação entre os point of presence (PoPs) da rede começou a ser ampliada com o uso de tecnologia óptica, o que elevou a capacidade de operação a 11 Gbps.
A base instalada de computadores no Brasil atinge 40 milhões de pessoas, de acordo com pesquisa da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas. O número, que inclui computadores em empresas e residências, representa um crescimento de 25% sobre a base registrada no mesmo período do ano passado.
Apesar do crescimento rápido da internet, muitos países ainda contam com um serviço fraco ou até mesmo inexistente. Isso mostra que ainda estamos apenas começando essa caminhada, apesar da estrada já percorrida até aqui. John Matherly, fundador da empresa Shodan, criou um mapa, em 2014, que revela onde estão localizados todos os computadores conectados à internet e a concentração de PCs online no planeta.
A imagem do mapa revela o que já era esperado: a maior concentração de equipamentos conectados no mundo está nos Estados Unidos, principalmente na parte leste do país. Em seguida, surge a Europa.
Note que a África sofre uma espécie de apagão, com conexão mais presente na região ao sul. Boa parte da Ásia também está desconectada, conforme mostra o mapa.
No Brasil também não há nenhuma novidade, com a maior concentração localizada nas regiões Sul e Sudeste. A região Nordeste também aparece com uma conectividade até razoável, enquanto o Norte é figura apagada nesse quesito.
Dados divulgados em maio de 2014 pela UIT (União Internacional de Telecomunicações) indicam os novos rumos da internet no mundo. O planeta Terra terá três bilhões de usuários de internet até o fim do ano, cerca de 42% da população mundial (de mais de sete bilhões).
O destaque do relatório refere-se à ampliação do acesso à banda larga móvel. Até o final de 2014, haverá aproximadamente 2,3 bilhões de conexões móveis ativas.
Contudo, os dados apontam também que os países desenvolvidos destoam daqueles em desenvolvimento. Enquanto 84% da população dos países de primeiro mundo terão internet móvel, somente 21% de quem mora em países subdesenvolvidos contarão com os serviços.
Eric Schmidt, presidente-executivo do Google, afirmou em 2013 que toda a população do mundo estará conectada até o final desta década. E, para isso, a empresa se esforça em fazer essa expectativa virar realidade.
A empresa quer levar a internet para lugares mais remotos da Terra, por meio do projeto Loon. Os balões seriam capazes de enviar o sinal a qualquer lugar por meio de poderosos satélites.
O Facebook, por sua vez, confirmou que está trabalhando em uma frota de drones movidos à energia solar para transmitir o sinal de internet a pessoas que vivem em regiões remotas do planeta. De acordo com um anúncio da internet.org (organização que visa aumentar a cobertura da internet e da qual o Facebook, juntamente com outras empresas de comunicação, faz parte), os drones voariam de maneira autônoma por meses a uma altitude de 20 mil metros. Além de a altura ser acima do espaço aéreo comercial, ela também é boa por reduzir os riscos de que ventos e mudanças climáticas causem danos aos equipamentos.
Enquanto a ideia pode soar estranha inicialmente, drones movidos à energia solar já são realidade. Um deles, chamado Solar Impulse, conseguiu viajar por mais de 1600 quilômetros em uma única viagem.
Em uma publicação em seu perfil no Facebook, o CEO e fundador da rede social, Mark Zuckerberg, revelou que a equipe do Laboratório de Conectividade da empresa conta com profissionais experientes do setor de tecnologia de comunicação para alcançar o objetivo. Vamos aguardar e esperar que esta ideia consiga decolar.
O sonho de levar internet a todos não se restringe apenas a governos e empresas de tecnologia. Uma organização sem fins lucrativos sediada em Nova Iorque, nos EUA, chamada Media Development Investment Fund (MDIF, em tradução livre “Fundo de Investimento do Desenvolvimento da Mídia”) anunciou sua intenção de construir uma “Outernet” – uma rede global de satélites para transmissão de dados da internet a praticamente qualquer pessoa no planeta, gratuitamente. A ideia é oferecer acesso gratuito à internet para todas as pessoas, independentemente da sua localização, e ignorando qualquer censura.
Com o crescimento da internet, organizações de direitos humanos ou de promoção da liberdade de expressão como a MDIF começaram a propor que o acesso à informação que ela pode oferecer é um direito humano básico.
Sendo assim, a restrição do acesso à internet é uma violação desse direito que a MDIF quer contornar, propondo que centenas de satélites sejam construídos e lançados, permitindo que qualquer pessoa com um telefone ou computador veja esses dados de várias centenas de estações terrestres.
A MDIF afirma que, hoje, 40% das pessoas no mundo ainda não são capazes de se conectar à internet, não só por causa de governos restritivos como o da Coreia do Norte, mas também devido ao alto custo de trazer o serviço para áreas remotas, como Sibéria, algumas partes do oeste dos Estados Unidos e ilhas remotas ou aldeias na África.
Se o projeto sair como previsto, dados unidirecionais fluirão de alimentadores para satélites que transmitirão a todos abaixo. Um benefício adicional dessa rede de informação unidirecional, segundo a MDIF, seria a criação de um sistema de notificação global durante emergências e desastres naturais. Tudo isso só vai acontecer, porém, quando a MDIF tiver os fundos necessários para bancar o sonho.
Enquanto 1,7 bilhão de pessoas em todo o mundo já possui um smartphone, a maioria continua sem usar as vantagens de um dispositivo móvel. Isso significa que uma considerável parte do mundo só é capaz de fazer chamadas de voz simples, ao invés de se conectar com a família por meio de um chat ao vivo, usar aplicativos de mapeamento para encontrar o hospital mais próximo, ou simplesmente pesquisar na web.
Para amenizar essa situação e diminuir o número negativo, o Google lança este ano, na Índia, os primeiros smartphones do projeto Android One. O objetivo da empresa é atingir a população de mercados emergentes, diminuindo as barreiras de hardware, software e conectividade que existem em mercados emergentes. Além disso, pretende capturar o segmento de baixo custo no setor de smartphones de mais rápido crescimento do mundo, a Índia.
O Google fez um acordo com as empresas indianas do segmento móvel Micromax, Karbonn e Spice Mobiles para lançar os smartphones destinados aos mercados emergentes com o sistema operacional do Google. A Índia é vista como um mercado lucrativo, porque muitas pessoas ainda não têm um aparelho.
“Enquanto 1,75 bilhão de pessoas em todo o mundo já têm um smartphone, a maioria da população mundial (mais de cinco bilhões de pessoas) não tem”, disse Sundar Pichai, vice-presidente sênior da divisão de Android e Chrome do Google, que acrescentou:
“Em países como Índia, Indonésia ou Filipinas mesmo os smartphones mais básicos estão fora do alcance de muitos”, afirmou.
Isso acontece porque, segundo Pichai, em alguns países a renda média mensal é de cerca de US$ 250. A maioria das pessoas não tem acesso às últimas versões do Android e nem aos aplicativos mais populares. E mesmo com 3G e 4G disponíveis em alguns lugares, os planos das operadoras também podem ser caros.
Com modelos mais acessíveis, os smartphones mais que dobraram sua participação entre 2013 e 2014 no Brasil. De acordo com a empresa de pesquisa Kantar Worldpanel, o uso desses aparelhos passou de um patamar de 8% da população em 2012 para 17% em 2013. Os dados foram levantados por meio de uma pesquisa com 24 mil consumidores.
O início de 2014, porém, foi um marco na história dos celulares no Brasil. Com as vendas de smartphones no terceiro trimestre do ano anterior (10,4 milhões de aparelhos vendidos), os dispositivos ultrapassaram o número de celulares convencionais do país.
Para ter uma ideia, no terceiro trimestre de 2012, a venda de smartphones representava somente 27,5% do total de vendas de celulares. Já no ano passado, durante o mesmo trimestre, esse percentual saltou para 58,1%.
Estima-se que, até o final de 2014, o Brasil terá cerca de 40 milhões de portadores de smartphones, o equivalente a 20% do total da população.
De acordo com estudo realizado pela Mobile Marketing Association, em parceria com o IBOPE Nielsen Online, o principal acesso dos jovens à internet se dá por meio de smartphones. A pesquisa com diferentes faixas etárias aponta que 38% dos brasileiros entre 10 e 17 anos conectam-se à rede com seus smartphones.
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