Não há dúvidas de que a nossa geração vive a nova Revolução Industrial, desencadeada pelo avanço da internet no mercado de trabalho, informatizando funções e eliminando postos de emprego. A sociedade produtiva terá que se reinventar, é o que sugere investigação conduzida por equipe da Universidade de Oxford, que afirma: 45% das ocupações atuais da América serão automatizadas.
Se você é brasileiro existe um alento, já que as mudanças observadas nos Estados Unidos demoram um pouco para chegar a terras tupiniquins. De qualquer forma, vale o alerta e o motivo de atenção: seu posto de trabalho pode estar em extinção, principalmente se você atua em áreas consideradas mais vulneráveis, como transporte/logística, produção e apoio administrado, as primeiras posições que serão eliminadas com o avanço da inteligência artificial ou informatização.
As vagas de serviços, vendas, construção e engenharia sofreriam redução numa segunda etapa de avanço tecnológico, mas também correm riscos de desaparecer. Os pesquisadores levaram em consideração habilidades e educação mínimas necessárias para exercer a função, nível atual de automatização e concluíram, as pessoas empregadas deverão desenvolver habilidades criativas e sociais para conseguir manter sua vaga de trabalho.
Um fator que pode retardar a adoção de automação é a disponibilidade de mão de obra barata. Com isso, é possível prever também a transferência para países mais pobres de certas etapas de produção. Outro fator curioso que merece ser levado em consideração é a conclusão de outro estudo, da Associated Press, que identificou os últimos postos de trabalho eliminados e encontrou a redução em vagas qualificadas, de remuneração tradicionalmente média, e não de postos de baixa qualificação. Então, mão de obra barata pode sim retardar a substituição de trabalhadores por máquinas.
Postos de trabalho preenchidos apenas por habilidades desaparecerão no longo prazo, deixando grande parcela da população a ver navios, isso a prosseguir as formações acadêmicas tradicionais para o setor produtivo, o que deixará as profissões obsoletas.
Nem a medicina escapa. Alguns softwares já são capazes de detectar algumas doenças e isso deve continuar avançando. Outras duas profissões tradicionais estão na mira da informatização: arquitetura e direito. Na primeira, softwares se encarregam dos projetos, mas a decisão ainda deverá ser tomada por uma pessoa. Os advogados enfrentam a desburocratização dos seus serviços e veem proliferar os tribunais virtuais, eliminando a necessidade da presença física de um advogado durante a ação.
O processo é o mesmo seja qual for a área de atuação. Primeiro, a desmaterialização, depois, a democratização de acesso, e, com isso, a redução do número necessário de profissionais para executar o mesmo volume de trabalho.
Ainda bem que tudo de certa forma ainda parece engatinhar, além de carecer de regulamentação política para sua implementação, o que pode atrasar ainda mais o processo de automatização, principalmente, em países como Brasil.
Os grupos que preveem o desaparecimento de 2 bilhões de vagas de trabalho até 2030, também acreditam no surgimento de novas vagas, o jeito é manter-se atualizado.
E as vagas ligadas justamente à Tecnologia? Estas também sofrerão ajustes. Para entender como se dará esta questão, conversamos com Fabrício Suarte, colaborador da PSafe que atua em Web Services.
Fabrício Suarte: De certa forma, ainda não. A previsão é que isso comece a acontecer daqui a 15, 20 anos. Mesmo assim, as profissões em perigo maior não estão tão relacionadas à área de tecnologia. Contudo, profissionais que atuavam em tecnologias de softwares específicas e que não são mais utilizados pela indústria, por exemplo, foram alijados do mercado de trabalho ou tiveram que se especializar em outras frentes/plataformas etc.
Sem dúvida vai gerar novas funções, porém com maiores requisitos de capacitação.
Eu diria que algumas das posições de maior destaque hoje na área de TI como um todo são os profissionais que trabalham com Big Data (Data Scientst), Machine Learning e Cloud Computing. A estimativa é que essa tendência continue nos próximos anos e a demanda por esse tipo de “skill” é cada vez maior.
Praticamente nenhuma. Todos os processos automatizados que possuímos hoje são bem apropriados para isso mesmo, ou seja, não caberia ter uma pessoa só para realizar a tarefa. Ex: Deploy de aplicação nos servidores de produção.
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