A tecnologia nos trouxe diversos benefícios, algo que não dá para negar. Contudo, é impossível tapar os olhos para as doenças modernas causadas pelo uso abusivo de determinados aparelhos. Algumas destas enfermidades ganharam nomes curiosos. Listamos as principais delas para você tentar não se tornar mais uma vítima. Ou ajudar quem sofre os malefícios.
Você certamente já ouviu falar da famosa e temida tendinite, mas nunca deve ter ouvido falar na doença chamada “Whatsappinite”. Isso mesmo! E como o nome sugere, esse problema afeta as pessoas que não conseguem deixar de lado o WhatsApp.
A doença, que é caracterizada por fortes dores nas mãos e polegares (basicamente uma tendinite nas mãos), foi causada quando uma paciente espanhola passou cerca de seis horas trocando mensagens no WhatsApp (que surpresa) para desejar boas festas aos amigos nas festas de Natal. O tratamento prescrito, como não poderia deixar de ser, foi abstinência total do celular, além de remédios anti-inflamatórios.
Quem nunca colocou a mão no bolso de repente por achar que o celular está vibrando? Alguns fazem isso compulsoriamente. Esse ato já tem um nome dado por médicos: Síndrome do toque fantasma. Ele acontece quando seu cérebro faz com que você pense que está recebendo uma chamada.
Segundo o Dr. Larry Rosen, autor do livro iDisorder, 70% dos heavy users (usuários intensivos) de dispositivos móveis já relataram ter experimentado o telefone tocando ou vibrando mesmo sem ter recebido nenhuma ligação.
Outra doença, essa já batizada há alguns anos, é a “Nintendinite”. É um termo que tem sido usado para descrever lesões nos tendões (tendinites) das mãos e punhos. Jogadores têm relatado lesões por estresse ao usar jogos como Wii Sports por muito tempo. Lesões sérias por jogar em lugares pequenos também podem ocorrer.
O Wii balance por si só causa um monte de lesões, incluindo problemas nos joelhos e quadril e fraturas resultantes de quedas, carinhosamente apelidadas de “Fraturas de Wii” pelos médicos.
Há também a Síndrome do Space Invaders, que atinge usuários compulsivos do jogo que é sucesso em várias partes do mundo.
Muitas pessoas entram em desespero quando estão longe de seu aparelho ou o perderam. Essa extrema ansiedade é conhecida como “Nomophobia”. O termo é uma abreviatura de “no-mobile phobia” (medo de ficar sem telefone móvel).
O distúrbio pode ter efeitos negativos muito reais na vida das pessoas no mundo todo. E é mais intenso nos usuários compulsivos de dispositivos móveis.
Acompanhar festas, viagens e encontros de amigos pode ser algo traumatizante, especialmente se a sua vida anda para lá de parada. Mesmo que aquelas pessoas não tenham a vida maravilhosa que aparentam ter, muitos se sentem inferiores por não conseguirem nem metade das realizações ou a intensidade da vida social que pipocam para todos os lados nas redes sociais. Esse problema pode causar doenças psicológicas. Uma delas é chamada de Depressão de Facebook.
Um estudo da Universidade de Michigan mostra que o grau de depressão entre jovens corresponde diretamente ao montante de tempo que eles gastam no Facebook.
Uma possível razão é que as pessoas tendem a postar apenas as boas notícias sobre eles mesmos na rede social. Então é fácil cair na falsa crença de que todos estão vivendo vidas muito mais felizes e bem-sucedidas que você (quando isso pode não ser o caso).
A quantidade de aparelhos tecnológicos também prejudica a nossa visão. Uma das doenças causadas é a Síndrome do Olho Seco, segunda maior causa de atendimento nos consultórios oftalmológicos no mundo. Quando não diagnosticada e tratada, ela pode evoluir para lesão da superfície ocular.
Os sintomas são de ardor, irritação, sensação de areia nos olhos, dificuldade para ficar em lugares com ar condicionado ou em frente do computador e olhos embaçados ao final do dia.
O Google possibilita que conheçamos praticamente tudo. Por um lado, isso é maravilhoso. Por outro, pode ser uma armadilha. Muitas pessoas possuem a tendência a acreditar que têm doenças sobre as quais leu online. Esse distúrbio é chamado de Cibercondria ou Hipocondria Digital.
Segundo médicos, a internet pode exacerbar os sentimentos existentes de hipocondria e, em alguns casos, causar novas ansiedades. Isso porque há muita informação médica espalhada na rede, e algumas são reais e válidas e outras contraditórias. Por isso, consulte sempre um médico (de verdade) quando tiver dúvidas sobre alguma doença.
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