Os crimes virtuais já movimentam mais dinheiro do que o narcotráfico mundial. A cada ano, hackers dão prejuízos em torno de US$ 575 bilhões. O valor inclui não só a perda com os ataques, mas também gastos com a recuperação dos dados. A Alemanha lidera entre os países das maiores perdas global com 1,6% de seu PIB, seguido da Holanda (1,5%), Estados Unidos (0,64%) e China (0,63%).
Só o Brasil sofreu uma perda entre US$ 7 bilhões (R$ 15 bilhões) e US$ 8 bilhões (R$ 18 bilhões) em 2013 com ataques de hackers, roubos de senha, clonagem de cartões, pirataria virtual, espionagem industrial e governamental e outros crimes digitais.
O tráfico internacional de drogas e a falsificação movimentam cerca de US$ 500 bilhões cada, o equivalente a 0,9% e 0,89% do PIB mundial.
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Quando se fala de ataques cibernéticos, é preciso destacar cada tipo de crime e os prejuízos que eles causam. Em primeiro lugar está o cibercrime, que ocupa mais da metade dos incidentes que sofremos. Os casos mais comuns são clonagem de cartões, a prática do phishing, lavagem e fraude bancária, entre outros.
Há também o “hacktivismo”, cuja motivação é ideológica e tem os mesmos objetivos que os de qualquer grupo radical. Eles invadem sites oficiais para deixar mensagens e fazer negação de serviço. O grupo Anonymous é um dos exemplos mais claros
Outro problema é a espionagem cibernética, que visa roubar informações, seja por motivo econômico ou político. A espionagem industrial também é algo crescente. Esta é uma forma de consequências econômicas devastadoras para um país.
Finalmente, há o ciberterrorismo ou guerra cibernética, como tem sido visto na Síria e na Rússia mais claramente. Nestes casos, primeiro lança-se um ataque cibernético contra infraestruturas críticas e, uma vez neutralizadas, é a hora do ataque físico.
Dentro do terrorismo, há casos em que jihadistas tentaram atacar infraestruturas, mas sua sofisticação não foi alta o suficiente para ser considerada uma ameaça séria.
A internet também tem sido aliada de grupos extremistas. Organizações como o grupo Estado Islâmico, por exemplo, tem usado o Twitter, Facebook, WhatsApp e YouTube para promover sua ideologia e demonstrar sua força.
As redes sociais divulgam as ideias de grupos e até recrutam jovens para lutarem ao lado deles. Vídeos também são usados constantemente nas redes para disseminar propagandas e ameaças, como as imagens do Estado Islâmico decapitando reféns.
O Google diz que tem uma política de tolerância zero com esses vídeos, mas, com mais de 300 horas de filmes enviados para o YouTube a cada minuto, acompanhar integralmente o conteúdo é uma tarefa impossível.
Também não é possível criar um algoritmo que analisa o material antes de ser publicado. Por isso, a empresa depende dos alertas de usuários para remover ou não o conteúdo.
Enquanto isso, o Facebook tem sido criticado por causa de sua recusa para apagar certas imagens de grupos terroristas. Contudo, a empresa tem mudado sua estratégia e está dando mais atenção ao que deve ser deletado, e disse que, nos primeiros seis meses de 2014, recebeu 34.946 pedidos para apagar conteúdo, um aumento de 24% em relação ao segundo semestre de 2013.
O Yahoo, por sua vez, prometeu criptografia “de ponta a ponta” o seu serviço de e-mail em 2015, enquanto a Microsoft está empenhada em assegurar que os conteúdos enviados para seus servidores serão criptografados de forma padronizada.
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