Nos últimos 12 meses, 54% dos brasileiros foram vítimas de fraudes, é o que aponta pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) –, mas apenas 28% dos entrevistados confirmaram ter sido vítimas de golpes, os outros 26% apenas se deram conta das fraudes mediante avanço das perguntas durante a pesquisa.
O levantamento feito em todas as capitais do País indicou a falta de cautela como o maior inimigo dos brasileiros. O estudo não traçou o perfil das vítimas, como idade, grau de escolaridade e renda, mas classificou o comportamento da população em três grupos: baixo, médio e alto risco. Apenas 17% dos entrevistados são considerados de baixo risco a fraudes, expostos a até duas situações de risco no período, enquanto 43% são classificados como de alto risco, tendo sido expostos a cinco ou mais circunstâncias de perigo no último ano. Com isso, oito em cada dez brasileiros fazem parte do grupo de médio e alto risco, mas a taxa de conversão de fraude entre os classificados como de baixo risco supera a dos agrupados como de alto risco, 57% e 53% respectivamente.
Foram feitas perguntas que abordavam desde a atitude nas ruas até o comportamento no ambiente virtual, como mudar senhas de e-mails e cartões de crédito e instalar em seus dispositivos eletrônicos, antivírus. As orientações ao consumidor são: checar a idoneidade das empresas que comercializam produtos no comércio local ou na Internet, exigir nota fiscal, ler atentamente os contratos, redobrar o cuidado ao aceitar ou clicar em links na Internet, desconfiar de comunicados bancários e ofertas ou resgates de prêmios por e-mail ou SMS, evitar confirmar dados pessoais e bancários por telefone, não usar computadores públicos para realizar transações financeiras e manter instalado um pacote confiável de antivírus e promover varreduras constantes em computadores, notebooks, celulares e tablets. Em resumo, tornar-se mais atento e não esperar ser vítima de fraude para mudar hábitos de comportamento. E, além disso, denunciar, já que a falta de comunicação do golpe estimula estelionatários a novas práticas, apostando na falta de punição.
Os golpes virtuais mais frequentes foram fraudes em cartões de crédito e de pirâmides financeiras, ambos com 5% de incidência neste estudo.
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