As redes sociais são hoje o principal meio de comunicação do planeta. Além de possibilitar, de forma instantânea, o contato com quem conhecemos, é também uma excelente ferramenta para nos atualizar a respeito de acontecimentos ao redor do mundo. Mas sua função não é apenas esta. As redes sociais também estão sendo utilizadas para disseminar o conhecimento sobre doenças graves e, assim, convocar a população para ajudar a combatê-las.
Para conscientizar a população a respeito da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), foi lançado o desafio do balde de gelo no mundo com a proposta de arrecadar fundos para a ALS Association, organização que promove pesquisas a respeito da doença.
Com a ajudinha de alguns famosos como Obama, Zuckerberg e Bill Gates, a campanha foi um dos virais de maior sucesso na história da internet. Apenas nos EUA foram arrecadados mais de US$ 62 milhões, mas talvez mais importante que o dinheiro foi a divulgação de informações sobre a doença, que até então não era muito conhecida. Até minha prima, de 11 anos, apesar de não ter doado, tomou um banho de gelo a favor da causa.
O surto de ebola na África também foi fruto de ações para conscientização nas redes sociais. Além de algumas empresas de TI ajudarem com doações e o fornecimento de tecnologia para combater a epidemia, a população foi convidada a contribuir para que o vírus não se espalhe.
O Facebook foi uma das empresas que propôs aos usuários ajudar no combate a doença. Foi criado um botão para que qualquer pessoa pudesse realizar sua doação, bastando apenas inserir os dados do cartão de crédito e a quantia desejada. O dinheiro é distribuído para organizações que estão no front da luta contra a propagação da doença, como a Cruz Vermelha e Save the Children.
Em 2014, o mundo comemorou uma estatística importante: o número de mortes ocasionadas pela AIDS caiu cerca de 35% em 10 anos. No entanto, a doença está longe de ser erradicada. No Brasil, a contaminação pelo vírus subiu 11% entre 2005 e 2013. Os dados foram divulgados pela Unaids, organização ligada a ONU.
Este aumento no número de infecções pode ser explicado pelo avanço no tratamento. Por serem menos letais, as pessoas, principalmente os jovens, tendem a não se preocupar tanto com proteção. Em 2013, a Gentis Panel fez uma pesquisa que constatou que 52% dos brasileiros não usam camisinha frequentemente.
E é aí que entram as redes sociais. Campanhas como a #ShareTheSound servem para lembrar sobre como não se contaminar e não contribuir para a disseminação da AIDS.
O governo federal também percebeu a importância das redes sociais no controle da doença. Em dezembro de 2014, o Ministério da Saúde divulgou medidas para alertar a população e as campanhas nas redes sociais foram anunciadas como prioridade, tendo os aplicativos de encontro como estratégia para diminuir a número de contaminações.
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