Brasileiros acessaram fake news mais de 2,9 milhões de vezes entre janeiro e março de 2018
Segundo o Relatório da Segurança Digital no Brasil, produzido pelo dfndr lab, o número de acessos a fake news cresceu 11.97% em relação ao período anterior.
Entre janeiro e março deste ano, fake news foram acessadas mais de 2,9 milhões de vezes no Brasil. O dado é do 3º Relatório da Segurança Digital no Brasil – divulgado esta semana pelo dfndr lab, laboratório de segurança da PSafe. A projeção do laboratório, com base no número total de usuários de smartphones no País, é que o número de pessoas impactadas por notícias falsas seja ainda maior: 8,8 milhões de brasileiros.
Segundo o estudo, as fake news alcançaram pela primeira vez a terceira posição entre as categorias de links maliciosos mais detectadas – com um aumento de 11.97% no total de detecções em comparação com os últimos três meses de 2017.
95,7% das fake news foram disseminadas via WhatsApp
O WhatsApp foi o principal meio utilizado para a divulgação de conteúdo falsos. Somente no primeiro trimestre de 2018, 95,7% das notícias falsas detectadas circularam no mensageiro. De acordo com Eugênio Bucci, pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), o fator humano é o que faz toda diferença na velocidade e no volume de transmissão das fake news.
“A notícia fraudulenta entra pela porta da comunicação, interpela o consumidor. Se o sujeito está carregado por ódio e algo dá base para sua razão, ele vai passar a informação para frente. É um processo do prazer, não da razão. O fator humano é crucial”, completa Bucci.
Fake news são um negócio lucrativo para cibercriminosos
As fake news são conteúdos sensacionalistas e mentirosos produzidos por cibercriminosos com o objetivo de lucrar indevidamente a partir de visualizações, acessos e cliques em anúncios nas páginas. Quanto mais usuários impactados, maior a remuneração. Dessa forma, as abordagens geralmente abusam de tons de alerta e temas que instigam a curiosidade e atenção das pessoas para alcançar o máximo de audiência – e dinheiro – possíveis.
3 em cada 4 acessos a fake news vieram do Sudeste e Nordeste
O estudo também aponta que as regiões Sudeste e Nordeste do Brasil concentraram mais de 75% do total de acessos a fake news detectados pelo dfndr lab no trimestre. Em seguida, estão as regiões Norte (10%), Sul (8%) e Centro-Oeste (7%). Além disso, mais de 55% de todas as fake news bloqueadas ficaram concentradas em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco.
Estados com maior número de acessos | |
---|---|
São Paulo | 597.367 |
Rio de Janeiro | 383.505 |
Minas Gerais | 276.137 |
Bahia | 247.197 |
Pernambuco | 145.211 |
“O fato de as notícias falsas dependerem de uma geração de escala relevante – atingindo um número de pessoas elevado em um curto período – favorece sua proliferação em centros com grandes populações”, explica Simoni, diretor do dfndr lab.
Como identificar uma fake news
Geralmente, as notícias falsas possuem características e estrutura de texto parecidas, que podem ajudar a reconhecer que o conteúdo é falso. Desta forma, verificar a existência desses pontos-chaves pode ajudar a evitar o compartilhamento de uma fake news. O Relatório da Segurança Digital no Brasil sinalizou alguns deles:
Como se proteger contra fake news
1) Tenha o hábito de duvidar das informações compartilhadas na internet, principalmente quando se tratar de temas polêmicos e alarmistas. Procure checar se a informação já foi publicada em algum site de imprensa ou marca confiável. Esse processo deve ser feito não só com notícias, como também promoções e oportunidades que encontram pela internet;
2) Tenha instalada uma solução de segurança que alerta sobre links maliciosos. A função Bloqueio de Hackers do dfndr security, aplicativo de segurança gratuito, é capaz de detectar e avisar sobre páginas ou sites perigosos. Assim que você recebe um link malicioso, ele envia um alerta igual ao da imagem abaixo:
3) Na dúvida, também é possível usar a ferramenta de verificação de páginas do dfndr lab, no site www.psafe.com/dfndr-lab/pt-br/. Basta colar o link da página suspeita que a plataforma gratuita sinaliza se isso representa algum perigo ou não.
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