Biohack: o futuro da segurança digital. Será?
Já pensou em ter seu histórico médico no seu braço? Ou não precisar mais de senha e autenticação? Isso é possível pelo Biohack. Entenda.
Já há algum tempo tem se falado do Biohack e dos seus benefícios e prejuízos. Mas você sabe exatamente o que é e como pode influenciar a sua vida? Já existem casos de utilização apoiada pela junta médica, para melhoria de vida, mas muitos ainda são criação e implantação domésticas ou por profissionais de body modification.
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O que é e como funciona
Biohack é o termo para denominar a união da tecnologia com o corpo humano, ou seja, chips e outros componentes são introduzidos no corpo humano para trazer novas sensações ou para ajudar, seja trazendo melhoria de vida ou aumento da segurança.
O chip implantado é movido a bateria e pode guardar um grande volume de informações. Também pode ser lido por um aplicativo móvel e funcionar como um substituto das senhas e dos crachás.
Vantagens e riscos
A maior vantagem é a possibilidade de se livrar de todas as senhas, crachás e leitores de digital. O acesso seria liberado para a pessoa como já é feito nos pedágios e estacionamentos para os carros. Um leitor em cada entrada leria o chip e liberaria a passagem.
Também é muito útil na área da saúde, como no caso de Neil Harbisson, oficialmente reconhecido como cyborg. Com auxílio médico ele recebeu o implante de um sistema que permite a ele ouvir um som para cada tipo de cor. Neil nasceu com acromatopsia, doença que faz com que ele veja tudo em preto e branco.
O risco é que esses chips possam ser acessados remotamente por hackers. Isso traz à tona a questão da segurança dos dados, além da própria saúde do usuário, uma vez que é algo dentro do organismo. Como podem ser lidos por aplicativos móveis, caso os dados contidos caíssem em mal erradas, seriam muito valiosos, pondo em risco a privacidade.
Body Modification
Alguns adeptos do biohack têm obtido ajuda de profissionais de body modification para realizar os implantes, mas os médicos não aconselham. Além de não representar uma necessidade médica (como no caso de Neil Harbisson), o material utilizado é feito de forma caseira, podendo trazer danos à saúde de quem o implanta.
Enquanto a discussão sobre a utilização e seus riscos continua, nós ficamos no aguardo de uma solução mágica para o monte de senhas que temos que gravar hoje. E você, o que acha do Biohack?