Atualmente o chamado fenômeno econômico ‘App Economy’ está mudando, gerando novas oportunidades e se tornando mais competitivo em todo o mundo. Calcula-se que existem aproximadamente 5,5 milhões de desenvolvedores móveis de aplicativos, segundo estima a consultoria especializada Vision Mobile.
Em seu último estudo, “State of the Developer Nation QI 2015”, que conta com a participação de 8 mil desenvolvedores de 143 países, entre os que se destacam EUA, China, Israel e Brasil, indica que o crescimento direto das rendas das lojas de aplicações vem se desacelerando em momentos nos quais o setor representa uma das maiores fontes de emprego no mundo.
Além disso, confirma que a melhor plataforma para aplicativos é o Android, ao ser eleito por 71% dos desenvolvedores móveis, enquanto que 54% preferem iOS, 30% optam por Windows Phone, 25% por HTML e 21% e 14% elegem Windows 8 e BlackBerry 10, respectivamente.
Apesar da maioria optar pelo Android, é o sistema operacional iOS que gera mais receita mensal para as empresas criadoras de apps.
Por outra parte, as lojas de aplicações crescem todos os dias a um ritmo impressionante, porém experimentam uma desaceleração. Sobre a faturação dos desenvolvedores, a firma de análises estima que 9% deles atuam no setor de mobile commerce, 37% procuram faturar em lojas online, 36% obtêm arrecadações com publicidade, 25% trabalham com contratos para terceirizar softwares, enquanto que 18% e 34% lucram com assinaturas e geram receita por outras fontes, respectivamente. Temos que considerar que cada desenvolvedor pode gerar renda em dois ou mais desses setores.
Apesar disso, no campo dos salários a consultoria afirma que 17% dos desenvolvedores de apps não recebem receita nenhuma, enquanto 18% ganham no mínimo US$ 100 e outros 17% arrecadam entre US$ 100 e US$ 1.000. Ao todo, 52% recebem menos de US$ 1.000 por seu trabalho, evidenciando um duro cenário para gerar lucro com os serviços que oferecem.
É nesse panorama, de dura competência, onde aparecem as melhores ideias. Conceito que já tem sido assumido pelas empresas que procuram melhores maneiras de fazer dinheiro com seus apps.
Em 2015 as aplicações móveis vão gerar um ingresso de US$ 420 bilhões no mundo, sendo a maior parte dessa faturação sobre a venda de produtos e serviços (comércio móvel) com US$ 300 bilhões.
Cabe destacar que a economia das aplicações móveis, conhecida como ‘App Economy’, ajuda a criar diversos empregos no mundo. Só na Europa gerou um milhão de postos de trabalho, aliviando a crise de países como Espanha, por exemplo.
No Brasil, apesar do setor ser relativamente novo, já que teve relevância a partir de 2012, está crescendo acima da média do setor de Tecnologia da Informação de outros países, o qual pode favorecer seu consumo interno, representando desafios e muitas oportunidades.
Segundo previsão da consultoria IDC, o desenvolvimento e implementação de aplicações no Brasil seguirá acelerado em 2015. Para 2018 a previsão é que movimente US$ 1,344 milhões, mas também os desenvolvedores terão que se adaptar às mudanças da arquitetura das aplicações, assim como a mão de obra qualificada. IDC afirma que as metodologias ágeis de desenvolvimento e DevOps vão ganhar destaque nesse contexto.
Por outra parte, a remuneração de um desenvolvedor de apps no Brasil é bastante relativa, pois depende mais das habilidades do profissional. No início pode-se ganhar entre R$3mil e R$ 5mil, já no nível sênior, seu salário pode variar entre R$8mil e R$ 15mil, afirma Carlos Querido, professor de Novas Mídias e Jogos Digitais e também Diretor da Escola Técnica Oswaldo Cruz, em São Paulo.
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