Com o golpe do QR Code, como fica sua segurança?
Apesar de facilitarem a divulgação de informações e pagamentos online, os QR Codes também podem se tornar alvo para golpes e armadilhas.
O golpe do QR Code é a prova de que os cibercriminosos rapidamente perceberam (e estão começando a explorar) a inegável conveniência da tecnologia. A armadilha da vez consiste na criação de QR Codes maliciosos, estrategicamente projetados para que consumidores se enganem e entreguem suas informações bancárias ou pessoais para pessoas mal-intencionadas online.
De acordo com o executivo-chefe de segurança da PSafe, sempre que uma nova tecnologia é lançada e popularizada, os cibercriminosos tentam encontrar uma maneira de explorá-la ao máximo.
“Isso é especialmente verdadeiro com os QR Codes, que a maioria das pessoas sabem como usar, mas podem não saber como funcionam”.
Emílio Simoni
Já que as pessoas que não entendem sobre determinados assuntos se tornam mais manipuláveis, o objetivo deste post é fazer você entender tudo sobre QR Codes e como esta tecnologia pode ser usada para golpes.
Em seguida, você vai conferir algumas dicas para se proteger contra todos os ataques e usar seu smartphone sem medo.
O que é um QR Code
A abreviação “QR” significa “quick response” (ou “resposta rápida” em português), e se refere a algo parecido com um código de barras digital. Eles foram inventados no Japão na década de 1990, usados pela primeira vez pela indústria automotiva para gerenciar a produção, mas se espalharam por todo o mundo.
Atualmente, esse código pode facilmente ser convertido em um endereço URL, texto, imagem ou outro tipo de informação virtual. Isso é feito pela maioria dos smartphones com câmera, que escaneiam seu conteúdo instantaneamente.
Também é possível criar o seu próprio QR Code facilmente, por meio de aplicativos e sites próprios para isso.
Como acontece o golpe do QR Code
A digitalização de QR Codes falsos ou maliciosos por si só não afetam o telefone, nem baixam malwares automaticamente em segundo plano, mas podem redirecionar o usuário a sites fraudulentos, projetados para obter contas bancárias, cartões de crédito ou outras informações pessoais.
Já que os QR Codes são usados com frequência para fazer pagamentos em instituições bancárias e transações do tipo Pix, muitos criminosos podem se aproveitar da oportunidade para trocar o código em contas oficiais e redirecionar o pagamento para suas contas pessoais.
Para o fraudador, este tipo de golpe é muito vantajoso porque consegue receber o dinheiro rapidamente e sacá-lo ou transferi-lo para outra conta, sabendo que aquela chave Pix ou conta usados para gerar o código serão cancelados rapidamente.
Esse golpe também pode aparecer em forma de phishing, principalmente por e-mail. Ao receber faturas e cobranças, as vítimas podem se deparar com o QR Code como única forma de pagamento ou serem convidadas a receber um desconto, caso optem por essa maneira de transferir o dinheiro.
Como se proteger
Alguns cuidados podem ser adotados com o uso do QR Code. No geral, a única maneira de reduzir o número de golpes é a informação e o controle do impulso de realizar pagamentos de forma rápida e automática. É essencial sempre verificar as informações fornecidas com antecedência.
Leia os dados do beneficiário
Ao pagar a uma empresa com o uso do QR Code, confira o nome e os dados de quem vai receber o seu dinheiro. Se aparecer o nome de uma pessoa física, desconfie. Muitos consumidores acabam ativando o “piloto automático” sem perceber as diferenças entre um fraudador e uma instituição legítima.
Confira se a origem do código é legítima
Assim como você nunca deve clicar em hiperlinks desconhecidos ou baixar anexos suspeitos – especialmente vindos de qualquer conteúdo enviado por estranhos – você deve evitar códigos QR suspeitos, que podem levá-lo a sites que você não conhece.
Não confie em um código QR que foi supostamente enviado por e-mail por um amigo (cuja conta pode ter sido invadida) ou que apareceu em um texto, postagem online ou mensagem de alguma rede social. Em vez disso, use um navegador e visite um site usando um nome de domínio que você sabe que é legítimo.
Na dúvida, analise o conteúdo
Existem aplicativos que permitem ao usuário analisar o link do QR Code para saber se ele é seguro ou malicioso. Outra opção é usar o verificador de links do dfndr lab.
4 coisas para ter em mente antes de escanear um QR Code
Os QR Codes podem parecer inofensivos, até porque ninguém consegue prever o que um deles está programado para fazer a olho nu. Então, é importante considerar algumas informações abaixo antes de ler seu código.
- Os criminosos são conhecidos por distribuir conteúdos com QR Codes maliciosos ou anexar adesivos com códigos fraudulentos sobre os legítimos em locais públicos. Considere a opção de fazer pagamentos informados neste tipo de anúncio sempre suspeita, principalmente ao anunciar algum desconto exclusivo para esta forma de pagamento.
- Existe alguma outra forma mais segura de pagar aquela conta? Se possível, prefira usar o QR Code presente em páginas oficiais, em vez daqueles enviados por mensagens privadas.
- Na pior das hipóteses, um cibercriminoso pode direcionar você para uma página fraudulenta, com o objetivo de instalar algum malware, roubar seus dados pessoais/financeiros e causar estragos. Suas contas financeiras online, aplicativos de pagamento, contas de redes sociais e fotos estão entre as informações que podem ser comprometidas.
- Considere adicionar uma proteção em seu smartphone que já verifique e alerte sobre conteúdos maliciosos ou inapropriados. Assim você não precisa verificar links o tempo todo. O dfndr security é uma excelente opção que conta com a tecnologia da Inteligência Artificial aliada a cibersegurança, para ter a liberdade e segurança de navegar como quiser.
Gostou da dica? Se você quiser aprender mais sobre como a I.A. se tornou uma tendência necessária para a para a cibersegurança em 2022, continue por aqui e leia mais um post sobre o tema.